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    Resultado de 'auditoria' contratada pelo PL para questionar as eleições foi premeditado em junho

    Proposta de serviços feita em junho já antecipava que o resultado final do relatório serviria para impulsionar o discurso de Bolsonaro contra o TSE e as urnas eletrônicas

    Valdemar Costa Neto com Bolsonaro e urna eletrônica (Foto: Reprodução/Youtube | Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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    247 - A conclusão do relatório do Instituto Voto Legal (IVL), encomendado pelo PL, partido de Jair Bolsonaro, questionando a segurança das urnas eletrônicas já era conhecida antes mesmo dos trabalhos serem iniciados. 

    “O plano já era, desde o início, atacar o sistema de votação do Tribunal Superior Eleitoral. É o que mostra uma proposta enviada à direção do PL pelo Instituto Voto Legal ao oferecer o serviço, em junho”, diz o jornalista Rodrigo Rangel, do Metrópoles. 

    De acordo com a reportagem, o IVL não foi contratado diretamente pelo PL,  legenda comandada por Valdemar da Costa Neto por ter sido vetado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao ser indicado como representante do partido para atuar na fiscalização das urnas eletrônicas. 

    O serviço, então, foi encomendado a quatro engenheiros ligados ao instituto, como consultores. Como alternativa, porém, o serviço foi fechado com quatro engenheiros ligados à entidade, contratados como consultores.

    “Entre os pontos da nota que a proposta já antecipava estão questionamentos acerca do código-fonte das urnas e da possibilidade de recontagem de votos após a divulgação do resultado oficial das eleições”, destaca a reportagem. 

    >>> Indicado por Marcos Pontes, autor de relatório foi contratado pelo partido de Bolsonaro e teve reuniões com governo 

    O  relatório com os questionamentos sobre a higidez do sistema eleitoral foi divulgado na quarta-feira (28). Logo depois, o TSE disse que as afirmações do partido são falsas, mentirosas, fraudulentas e visam tumultuar as eleições. 

    A Corregedoria do tribunal pediu explicações e o presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, deu um prazo de 48 horas para o PL apresentar as notas fiscais da contratação da auditoria e explicar a origem do dinheiro utilizado para pagar o serviço.

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