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    Sem ajuda do governo, Moro tenta barrar CPI que deverá investigá-lo

    Sem apoio da base do governo Jair Bolsonaro, que anda fritando o ex-juiz, Sergio Moro conta com alguns poucos aliados que tentam barrar a CPI da Vaza Jato, que conseguiu as assinaturas suficientes para ser instalada. O deputado Capitão Augusto (PL-SP), líder da bancada da bala e interlocutor de Moro, admitiu que Bolsonaro abandonou Moro: "Não vi um movimento do governo"

    Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

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    247 - "Bateu o desespero da base de apoio a Sergio Moro no Congresso Nacional", assim definiu o jornalista Robson Bonin, da revista Veja, sobre o ministro da Justiça e ex-juiz Sergio Moro e a vitória da oposição que conseguiu as assinaturas para instalar nesta sexta-feira (13) uma CPI para investigar as revelações trazidas pelo The Intercept, que mostram o conluio de Moro com os procuradores de Curitiba para condenar e prender o ex-presidente Lula.

    Sem apoio da base do governo Jair Bolsonaro, que anda fritando o ex-juiz nos bastidores, Moro conta com alguns aliados. O deputado Capitão Augusto (PL-SP), líder da bancada da bala, tenta esvaziar o movimento pela instalação da CPI e diz que pelos menos seis parlamentares foram "convencidos" a retirar suas assinaturas, entre as quais Tabata Amaral (PDT-SP) e Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ). 

    Nas palavras do deputado, o objetivo é retirar o apoio de deputados para “respirar tranquilo”, reforçando o medo de Moro em ser investigado. Ele ainda reclamou da indiferença do governo Bolsonaro. 

    “O governo que deveria estar fazendo esse corpo a corpo. Inacreditável isso. Não é possível que o governo não estava sabendo dessa CPI nos bastidores, e não se mobilizou antes. Não vi um movimento do governo. Tem gente que assinou isso aí e nem sabia. São essas assinaturas colhidas nos corredores e de qualquer jeito”, admitiu o parlamentar, reconhecendo o isolamento de Moro por parte de Bolsonaro.

    Ainda de acordo com reportagem da Veja, Alexandre Frota (PSDB-SP) também estaria inclinado a tirar seu nome da lista. O deputado Lucas Vergílio (Solidariedade-GO) também teria pedido a retirada de sua assinatura do requerimento.

    No entanto, de acordo com o regimento da Casa, não é possível retirar apoio depois que o pedido é apresentado. Augusto lançou a tese de que que se o signatário solicitar a retirada em até 24 horas após o protocolo, tem que ser aceito.

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