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    Servidores da Abin realizaram mais de 30 mil monitoramentos ilegais de cidadãos brasileiros, diz PF

    De acordo com os investigadores, ao menos 2,2 mil monitoramentos irregulares foram dirigidos contra políticos, jornalistas, advogados e adversários do governo Jair Bolsonaro

    Jair Bolsonaro (Foto: Marcos Correa/PR | Reprodução)

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    247 - A Polícia Federal (PF)  identificou que o sistema israelense de monitoramento por geolocalização FirstMile foi utilizado ilegalmente em mais de 30 mil ocasiões nos últimos anos. “Desse montante, os investigadores detalharam 2.200 usos relacionados a políticos, jornalistas, advogados e adversários do governo Bolsonaro”, destaca a coluna da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo. >>> Espionagem ilegal da Abin ocorreu sob a direção de Ramagem, homem de confiança de Bolsonaro

    Nesta sexta-feira (20), a PF deflagrou uma operação que resultou na prisão de dois agentes da Abin e no cumprimento de 25 mandados de busca e apreensão no âmbito das investigações sobre o escândalo. Um dos alvos do mandado de busca é Caio Santos Cruz, filho do general da reserva  Alberto Carlos Santos Cruz, ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL). >>> Operação da PF contra espionagem da Abin a opositores de Bolsonaro tem filho de general como um dos alvos 

    A investigação aponta que agentes da Abin exploraram uma vulnerabilidade na rede de telefonia por meio da ferramente criada pela empresa israelense Cognyte, desenvolvedora do FirstMile, para rastrear alvos de maneira irregular. >>> PF investiga quadrilha da Abin que espionava jornalistas e adversários de Bolsonaro

    O sistema em questão foi adquirido durante a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro, no governo Michel Temer (MDB), sob a justificativa de combater o crime organizado. No entanto, a utilização massiva da ferramenta ocorreu durante a gestão do delegado Alexandre Ramagem na Abin, durante o governo Bolsonaro. >>> Espionagem ilegal da Abin ocorreu sob a direção de Ramagem, homem de confiança de Bolsonaro

    “A investigação policial mostra que boa parte dos monitoramentos de pessoas aconteceu em Brasília e que aqueles realizados no Rio não tiveram relação direta com alvos do crime organizado. Segundo a investigação, o uso do FirstMile só pode ser feito pela polícia judiciária e pelo Ministério Público com ordem judicial, conforme estabelece a Constituição”, destaca a reportagem. >>> PF investiga uso irregular de sistema de geolocalização pela Abin

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