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    Sócia do Itaú declara voto em Lula e diz que ele é “a única liderança capaz de reconstruir este país”

    Neca Setubal avalia que Brasil retrocedeu 10 anos na área da Educação com Bolsonaro e reconhece Lula como alguém capaz de "conversar, negociar e fazer essa frente ampla"

    Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert | CC BY-SA)

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    247 - A socióloga Neca Setubal, uma das herdeiras do Itaú e sócia do grupo, declarou voto no ex-presidente Lula (PT) para o segundo turno da eleição presidencial de 2022 e promoveu duras críticas a Jair Bolsonaro (PL) em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo nesta quarta-feira (12).

    "Não sou petista de carteirinha, mas, neste momento, Lula é a única liderança capaz de reconstruir esse País. Não porque eu acho ele o ideal, não é isso. Mas eu acho que, neste momento, é a única liderança capaz de conversar, negociar e fazer essa frente ampla", afirmou a socióloga.

    Neca participará, na segunda-feira (17), de evento com o economista Armínio Fraga e as ex-presidenciáveis Simone Tebet (MDB) e Marina Silva (Rede) para tentar dialogar com empresários que hesitam em votar em Lula: "Vou com Marina e a Simone Tebet conversar com quem ainda não decidiu o voto. Tem muita gente que fala que vai votar nulo, que diz que não consegue votar no Lula, eu não entendo."

    Defensora da pauta da Educação, a sócia do Itaú entende que o Brasil "retrocedeu 10 anos" com o governo Bolsonaro: “Quem entende de educação e não está preocupado em defender uma pauta moral sabe que ele não fez nada, nem antes nem durante a pandemia. E na hora que você não faz nada em educação, você retrocede. A gente retrocedeu 10 anos.”

    Já em relação a Lula, Neca reconhece seus méritos na área da Educação: "Houve muitos méritos na educação durante o governo Lula, especialmente com Fernando Haddad (ministro da Educação, entre 2005 e 2012), que fez uma continuação em relação ao Paulo Renato Souza (ministro da Educação de FHC, entre 1995 a 2002). Foi ampliada a questão da valorização do magistério, das universidades públicas e criou-se o Ideb (indicador nacional de qualidade da educação)."

    "Foram passos muito importantes para a educação, quando o buraco era muito mais fundo. A gente estava completamente defasado comparado a todos os países, inclusive da América Latina. Fernando Henrique avançou, Haddad deu continuidade e saltos. Obviamente a gente ainda tinha problemas graves de qualidade na educação, mas nos últimos quatro anos, o retrocesso foi enorme", complementou a socióloga.

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