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    Marina impõe condições para apoiar Lula

    A ex-ministra, que tem questões com o PT, espera postura clara de Lula e outros em torno de propostas ambientais: 'dizem que é importante, mas terão que traduzir isso em planos'

    Marina Silva e Lula (Foto: Reuters | Ricardo Stuckert)

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    247 - A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede) afirmou ao Metrópoles que ainda não tem planos para se encontrar com o ex-presidente Lula (PT), que quer seu apoio na campanha eleitoral.

    “As últimas vezes que nós conversamos foram quando a dona Marisa [ex-esposa de Lula] faleceu e quando meu pai faleceu. Nós nos telefonamos. E também quando ele esteve fazendo o tratamento dele, quando estava fazendo a quimioterapia”, contou.

    Marina disse estar aberta para conversar com todos os candidatos do campo democrático, mesmo havendo divergências. “O que eu tenho dito é que eu sou aberta ao diálogo no campo democrático. Discutir ideias para discutir propostas, respeitando as diferenças, as divergências, que são naturais. Até porque, se não existissem divergências, eu não teria saído do governo do PT, não teria sido candidata por três vezes. Então, no terreno da democracia, a gente conversa, a gente conversa em cima de propostas e eu tenho uma visão do Brasil. Dialogar tem que ser sabendo que existem diferenças, mas que nas diferenças a gente pode buscar convergências, o que não significa que se tenha que dar apoios incondicionais".

    Sobre apoio a Lula, Marina condicionou o gesto a mudanças na visão do petista: "essas coisas que deram certo durante a minha gestão foram graças à ação de transformar essas boas experiências em políticas públicas. Agora os candidatos terão que fazer isso também. Não é só receber apoio. Eles têm que também entender o que estão apoiando. Não podem continuar apoiando projetos como Belo Monte (construção da hidrelétrica no Pará). Não podem continuar apoiando investimentos como nas hidrelétricas no rio Tapajós. Não podem fazer vistas grossas para grilagem de terras e, mais uma vez, querer fazer regulação fundiária como foi feito em 2009, quando 47 milhões de hectares foram entregues para pessoas que não deveriam ter recebido esses títulos".

    “Agora, novamente, a mesma coisa. Os candidatos estão dizendo que a agenda da mudança climática é importante, mas terão que traduzir isso em planos de desenvolvimento econômico sustentável na questão da produção energética, no uso correto da biodiversidade, na manutenção das florestas em pé, e principalmente, ser capaz de fazer com que esse país seja o país da agricultura de baixo carbono, que não derrube mais floresta para poder aumentar sua produção, mas use de tecnologias que já estão disponíveis na Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), para crescer em termos agrícolas por aumento de produtividade. Todos esses investimentos precisam ficar bem claros no programa de governo", acrescentou.

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