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Tacla Duran diz que Dallagnol gravou 30 mil conversas sem autorização judicial

'Dallagnol manteve, por 4 anos, um gravador de ligações telefônicas no MPF em Curitiba, sem regulamentação', afirmou o advogado, que já havia denunciado extorsão do ex-procurador

Deltan Dallagnol e Tacla Duran (Foto: Reprodução)

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247 - O advogado Rodrigo Tacla Duran, que implicou o deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) em casos de extorsão na Operação Lava Jato, atribuiu ao ex-procurador a gravação ilegal de 30 mil conversas "sem qualquer procedimento legal".

"O que DD esconde sobre sua cassação? DD manteve por 4 anos, um aparelho gravador de ligações telefônicas no MPF em Curitiba, sem regulamentação e autorização superior. Nesse período, gravou ilegalmente mais de 30 mil conversas,sem qualquer procedimento legal", afirmou o advogado no Twitter. 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou o mandato de Dallagnol na última terça-feira (16) por causa de pendências de sindicâncias e reclamações administrativas no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

O ex-deputado era procurador do Ministério Público Federal (MPF-PR), onde eram julgados processos da Lava Jato em primeira instância jurídica. Ele já havia sofrido outra derrota no Judiciário, em março de 2022, quando o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que ele indenizasse o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em R$ 75 mil por causa da apresentação do PowerPoint em 2016.

As denúncias de irregularidades contra Dallagnol no MPF-PR ficaram evidente a partir de junho de 2019, quando ganharam repercussão nacional as conversas dele com outros procuradores e com o atual senador Sergio Moro, que era juiz da Lava Jato. Os diálogos apontaram que Moro interferiu na elaboração de denúncias contando com o apoio do então procurador. 

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