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    Tacla Duran pede remarcação da audiência no Brasil e reclama de intimidação

    Tacla Duran denunciou o pedido do advogado Carlos Zucolotto Júnior para participar da audiência presencialmente

    Tacla Duran (Foto: Reprodução)

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    247 — O advogado Rodrigo Tacla Duran, que deveria vir da Espanha ao Brasil para testemunhar em uma audiência com o juiz Eduardo Appio, da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), referente à Operação Lava Jato, está solicitando uma nova data, informou o Uol.

    Ele alega que se sente intimidado, especialmente pelo pedido do advogado Carlos Zucolotto Júnior para participar da audiência presencialmente.

    Tacla Duran denunciou o senador e ex-juiz Sergio Moro e o coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, por extorsão da época em que era réu da operação.

    Uma testemunha de Tacla Duran estava programada para esta quinta-feira (13), mas foi adiada para terça-feira (18). No entanto, uma ordem de prisão preventiva contra ele, revalidada pelo juiz Marcelo Malucelli, tornou sua volta ao Brasil incerta.

    >>> Desembargador que mandou prender Tacla Duran é pai do sócio de Moro

    Tacla Duran está solicitando uma nova data e que seu depoimento ocorra em sigilo.

    Acusações contra lavajatistas

    Tacla Duran afirmou que foi alvo da "lava jato" por não ter aceitado ser extorquido. "O que estava acontecendo era um bullying processual, em que me fizeram ser processado pelo mesmo fato em cinco países por uma simples questão de vingança."

    Tacla Duran foi preso preventivamente na "lava jato", em 2016. Seis meses antes, ele tinha sido procurado pelo advogado Carlos Zucolotto Júnior, que era sócio de Rosangela Moro. 

    Em conversa pelo aplicativo Wickr Me, Zucolotto teria oferecido acordo de colaboração premiada, que seria fechado com a concordância de "DD" (iniciais de Deltan Dallagnol). Em troca, queria US$ 5 milhões. Zucolotto teria dito que os pagamentos deveriam ser feitos "por fora".

    Um dia depois, segundo Tacla Duran, seu advogado no caso recebeu uma minuta do acordo em papel timbrado do Ministério Público Federal, com os nomes dos procuradores envolvidos e as condições negociadas com Zucolotto. 

    Em 14 de julho de 2016, Tacla Duran fez transferência bancária para o escritório de um outro advogado, no valor de US$ 613 mil, o equivalente hoje a R$ 3,2 milhões. A transferência era a primeira parcela do pagamento pela delação. "Paguei para não ser preso", disse o advogado em entrevista a Jamil Chade, do UOL

    Porém, depois ele deixou de fazer os pagamentos, e Sergio Moro decretou sua prisão preventiva. Contudo, o advogado já estava fora do Brasil. Ele acabaria preso em Madri.

    No último dia 26, o influencer Thiago dos Reis divulgou o documento de transferência bancária para a conta do segundo advogado, que foi parceiro de Rosangela Moro em ações da Federação da Apae no Paraná e também na defesa da família Simão, um caso que ficou conhecido como "máfia das falências". (*Com Conjur)

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