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    TCU: há "indícios robustos" de fraude em licitação do Exército para compra de insumos de cloroquina

    À época da CPI da Covid, o Exército afirmou que passou a produzir cloroquina por determinação do Ministério da Saúde de Bolsonaro. A pasta nega

    Jair Bolsonaro (Foto: Reuters | Agência Brasil)

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    247 - O Tribunal de Contas da União (TCU) aponta a existência de "indícios robustos" de fraudes em licitação do Exército para a compra de insumos para a produção de hidroxicloroquina, medicamento ineficaz no combate à Covid-19 mas defendido, apesar das evidências científicas, por Jair Bolsonaro (PL) e apoiadores. As informações foram reveladas pela Folha de S. Paulo na manhã desta sexta-feira (18).

    Segundo o tribunal, 26 licitações feitas entre 2018 e 2021 apresentam indícios de fraudes. Do total, 24 ocorreram a partir de 2019. Uma das licitações teve por objetivo adquirir insumos para a fabricação de cloroquina pelo Laboratório Químico e Farmacêutico do Exército (LQFEX),

    O remédio passou a ser produzido pelo Exército em 2020 após pressão de Bolsonaro.

    Os "indícios robustos" foram descobertos a partir de auditoria do TCU para investigar possível superfaturamento por parte do LQFEX. A investigação ainda busca esclarecer o papel de Bolsonaro na produção do medicamento.

    Durante a CPI da Covid, o chefe do gabinete do Comando do Exército, general Francisco Humberto Montenegro Junior, afirmou que a produção de cloroquina pelo laboratório do Exército foi ordem do Ministério da Saúde. A pasta, porém, afirmou que "não solicitou a produção de hidroxicloroquina ou de cloroquina ao Laboratório Químico e Farmacêutico do Exército (LQFEX)". O ministério alega só ter "recebido como doação do Laboratório Químico e Farmacêutico do Exército, ou seja, sem ônus para o Ministério da Saúde, uma vez que não houve solicitação do Departamento de Assistência Farmacêutica para produção e aquisição deste medicamento".

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