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    "Tem de estudar como vai fazer", disse general Heleno sobre novo AI-5

    "Não ouvi ele [Eduardo Bolsonaro] falar isso. Se falou, tem de estudar como vai fazer, como vai conduzir. Acho que, se houver uma coisa no padrão do Chile, é lógico que tem de fazer alguma coisa para conter. Mas até chegar a esse ponto tem um caminho longo", afirmou o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno

    (Foto: Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

    247 - Enquanto Jair Bolsonaro diz que seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (SP), líder do PSL, "está sonhando" e afirma "lamentar" a defensa de uma novo AI-5, o seu ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, afirma que se o Brasil registrar protestos populares similares aos que ocorrem no Chile, algo terá de ser feito. 

    Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o ministro -general disse que editar um “novo AI-5”, como sugeriu o Eduardo Bolsonaro, é uma medida e ser avaliada, pois exigiria estudos já que o “regime democrático” impõe que uma proposta como essa passe “em um monte de lugares”.

    De acordo com o jornal, Heleno deu a entrevista sem saber das declarações de Eduardo Bolsonaro e ao ser informado sobre a proposta, não repudiou a hipótese de um novo AI-5.

    "Não ouvi ele [Eduardo Bolsonaro] falar isso. Se falou, tem de estudar como vai fazer, como vai conduzir. Acho que, se houver uma coisa no padrão do Chile, é lógico que tem de fazer alguma coisa para conter. Mas até chegar a esse ponto tem um caminho longo", afirmou o ministro e uma dos principais conselheiros de Bolsonaro.

    Quando o jornalista insistiu sobre sua posição em relação a proposta de Eduardo sobre o AI-5, o general se irritou. "Não vou comentar sobre isso. Não ouvi nada sobre isso. Isso aí para mim não faz sentido, não ouvi sobre isso, ele (Eduardo) não comentou com a gente", disse.

    Antes, Heleno argumentou que as afirmações de Eduardo foram por conta da "forte emoção com esse negócio da TV Globo". "Tudo isso tem de ser considerado", disse ele. No entanto, a entrevista de Eduardo ao canal de Leda Nagle foi dada na segunda-feira, portanto, antes da reportagem do Jornal Nacional que menciona o nome de Jair Bolsonaro no caso Marielle Franco.

    "Essas coisas, hoje, num regime democrático... é complicado. Tem de passar em um monte de lugares. Não é assim. O projeto do (ministro da Justiça, Sérgio) Moro, fundamental para conter crime, não passa. Fazem de tudo para não passar. O pessoal não quer, não quer nada que possa organizar o País. Não quer dizer que isso vai organizar o País. Mas isso aí não é assim, vou fazer e faz. Então, não tenho o que falar", comparou.

    Heleno ainda aproveitou para criticar a mídia. "Hoje em dia não acredito em nada da imprensa. A imprensa hoje eu falo com muito receio que é tudo com segundas intenções, como uma coisa já pensada. O telefonema (do Estado) já foi sobre algo que você quer uma resposta, eu sei qual a resposta que você quer, não vou te dar essa resposta. Pode escrever o que você quiser. Vocês estão tão desacreditados que pode escrever o que você quiser", disse.

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