Tenente-coronel do Exército desmaia com a chegada da PF para operação de busca e apreensão
Guilherme Marques Almeida desmaiou ao notar a chegada dos agentes da PF em sua residência
247 - O tenente-coronel Guilherme Marques Almeida, líder do Batalhão de Operações Psicológicas do Exército em Goiânia, protagonizou um momento inusitado durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão em sua residência. Segundo informações divulgadas pelo portal Metrópoles e confirmadas pela Veja, o oficial desmaiou ao ser surpreendido pela chegada da Polícia Federal.
O episódio ocorreu no âmbito de uma operação deflagrada nesta quinta-feira, que tem como objetivo investigar os integrantes e o modus operandi de uma suposta organização criminosa que organizou a tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro.
Apesar do susto inicial, o tenente-coronel Marques Almeida se recuperou rapidamente e colaborou com os agentes durante as buscas em sua residência.
Nota da Polícia Federal – A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (8/2) a Operação Tempus Veritatis para apurar organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, para obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente da República no poder.
Estão sendo cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, proibição de se ausentarem do país, com entrega dos passaportes no prazo de 24 horas e suspensão do exercício de funções públicas. Policiais federais cumprem as medidas judiciais, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal, nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.
Nesta fase, as apurações apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas Eleições Presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital.
O primeiro eixo consistiu na construção e propagação da versão de fraude nas Eleições de 2022, por meio da disseminação falaciosa de vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação, discurso reiterado pelos investigados desde 2019 e que persistiu mesmo após os resultados do segundo turno do pleito em 2022.
O segundo eixo de atuação consistiu na prática de atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito, através de um golpe de Estado, com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais no ambiente politicamente sensível.
O Exército Brasileiro acompanha o cumprimento de alguns mandados, em apoio à Polícia Federal.
Os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
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