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    Todos os Estados desmontaram acampamentos bolsonaristas, diz governador do Pará em reunião com Lula

    O governador também afirmou que 16 Estados enviaram tropas de elite de suas forças de segurança para apoiar o governo federal

    Policiais e militares desmontam acampamento no entorno do QG do Exército em Brasília 09/01/2023 REUTERS/Ricardo Moraes (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes)
    Aquiles Lins avatar
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    BRASÍLIA (Reuters) - O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), afirmou nesta segunda-feira em reunião dos governadores com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os presidentes do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) que todos os Estados "tiveram êxito" no cumprimento da ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes para desmontar os acampamentos de manifestantes bolsonaristas que pedem uma ilegal intervenção das Forças Armadas contra Lula.

    O governador também afirmou que 16 Estados enviaram tropas de elite de suas forças de segurança para apoiar o governo federal após os ataques de manifestantes bolsonaristas radicais aos edifícios-sede dos Três Poderes em Brasília no domingo.

    Forças de segurança desmontam acampamento bolsonarista no entorno do QG do Exército

    A polícia do Distrito Federal e o Exército desmontaram nesta segunda-feira o acampamento de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro no entorno do quartel-general do Exército em Brasília e os integrantes foram levados de ônibus para a sede da Polícia Federal, um dia após os ataques de vândalos bolsonaristas ao Palácio do Planalto e aos prédios do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).

    "Desativamos o acampamento que funcionou como QG dos atos antidemocráticos inaceitáveis de ontem. Todas as barracas serão retiradas. A área foi retomada e não será permitida a volta de 'manifestantes'. Todos os elementos foram encaminhados para a PF. A lei será cumprida", disse no Twitter o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, nomeado na véspera pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como interventor federal na segurança pública do DF.

    "Sigo em campo, acompanhando pessoalmente o comboio da Polícia Militar que está conduzindo os elementos que se encontravam no tal ´acampamento´. Todos estão sendo conduzidos para as instalações da PF", acrescentou Cappelli.

    Na tarde de domingo, após vândalos bolsonaristas invadirem as sedes dos Três Poderes deixando um rastro de destruição, Lula decretou uma intervenção federal na segurança pública de Brasília e, mais tarde, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou o afastamento do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), por 90 dias e o desmonte do acampamento bolsonarista em 24 horas.

    De acordo com a GloboNews, 1.200 bolsonaristas foram levados de ônibus do acampamento para a sede da PF na capital federal. Autoridades afirmam que vários dos vândalos estavam abrigados ou passaram pelo acampamento, de onde apoiadores de Bolsonaro pedem uma intervenção militar, o que é ilegal, desde a vitória de Lula na eleição presidencial de outubro do ano passado.

    Mais cedo, imagens da Reuters TV mostraram um grande contingente de policiais militares --entre membros da tropa de choque com capacetes e escudos, policiais montados a cavalo e dirigindo motocicletas-- no local. Pouco depois, as imagens mostraram militares do Exército desmontando barracas e outras estruturas deixadas no local pelos bolsonaristas.

    Representantes do Exército disseram que a desmontagem ocorreria durante toda esta segunda-feira.

    No Rio de Janeiro, o principal acampamento de apoiadores de Bolsonaro, localizado em frente à sede do Comando Militar do Leste (CML), também estava sendo desmontado nesta segunda. No início do desmonte houve ameaças e agressões a jornalistas que acompanham a ação.

    "As pessoas já estão saindo. Então neste momento não há necessidade alguma de prisão. A prisão acontecerá se as pessoas não saírem. A leitura que nós fizemos, a nossa interpretação, é que nós partiremos para a parte da prisão se a primeira parte (desmobilização e dissolução) não for cumprida", disse o governador do Rio, Cláudio Castro (PL).

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