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    Traficante enganou Exército, se registrou como CAC com documento falso e comprou arsenal

    Condenado por assassinato e foragido da prisão, Renato José Mafiolete levava vida confortável como instrutor de tiros no Espírito Santo

    Renato José Mafiolete (Foto: Polícia Civil do Espírito Santo)

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    247 - A facilitação do acesso às armas sob o governo Bolsonaro ajudou criminosos e fortaleceu a milícia e o tráfico. Em um caso emblemático no Espírito Santo, um foragido da prisão conseguiu se registrar como CAC (caçador, atirador e colecionador) com documento falso e comprar um arsenal.

    Condenado por assassinato, Renato José Mafiolete, de 35 anos, levava vida confortável como instrutor de tiros - local constantemente exaltado pela família Bolsonaro. Mafiolete tinha dois apartamentos alugados com vista para o mar na cidade de Vila Velha e, a cada 15 dias, trocava de moradia.

    “Mafiolete pouco saía de casa, exceto para caminhadas na orla, passeios no shopping e seu passatempo preferido: praticar tiro esportivo. Logo que chegou a Vila Velha, conseguiu com o Exército um certificado de registro de caçador, atirador e colecionador (CAC), associou-se a um clube de tiro e, em menos de dez meses, completou o treinamento para se tornar instrutor”, descreve reportagem do Globo, sobre um dos traficantes mais procurados de Santa Catarina.

    “Acumulava penas de 35 anos por tráfico e homicídio e estava foragido desde 2018, quando fugiu da cadeia após ser autorizado pela Justiça a visitar sua família. Com um documento de identidade falso, enganou o Exército e adquiriu armas, acessórios e munição até ser desmascarado e preso, em 1º de novembro, por agentes do Departamento Especializado em Narcóticos (Denarc) do Espírito Santo”, completa a reportagem.

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