Tropa do GSI descansa, ri e mexe no celular durante invasão golpista em 8 de janeiro (vídeo)
Novo vídeo surge no momento em que vem à tona identidade dos militares que estavam no local: a maioria prestava serviços de segurança particular para Jair Bolsonaro
247 - Novas imagens mostram que os militares do GSI conversam, mexem nos celulares e riem no saguão do anexo por quase uma hora no dia da tentativa de golpe do 8 de janeiro, ao invés de conterem os golpistas que promoviam o caos no Planalto.
As imagens, disponibilizadas pelo próprio gabinete por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), mostram que os militares entram no saguão do anexo às 16h25. Neste momento, o prédio principal está tomado por golpistas.
Reportagem do jornal O Globo descreve que, armados, de capacete e escudo, o grupo fica no local junto aos funcionários já presentes.
“O clima é de descontração e eles chegam a dar risadas. Alguns se sentam e deixam os capacetes em cima da mesa e os escudos escorados na parede.Às 16h35, militares da Força Nacional passam com pressa, acompanhados de cães farejadores. Os homens do GSI observam, mas saem do saguão somente às 17h15, em direção à ala A do Palácio, após, ao que sugerem as imagens, receberem orientações de um superior que chega ao local com caixas. Neste momento, começavam as prisões dos golpistas no Palácio”, relatam os jornalistas Karolini Bandeira e Daniel Gulino.
Militares do GSI tinham contato direto com Bolsonaro
De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a partir de dados do Portal da Transparência, que registra as viagens a serviço de funcionários públicos, o capitão José Eduardo Natale, que aparece dando água aos invasores golpistas, acompanhou Bolsonaro na viagem a Juiz de Fora para o lançamento da campanha eleitoral dele, em agosto do ano passado; viajou à Rússia com o ex-presidente em fevereiro de 2022.
"Acabou a farsa: militares que estavam no Planalto eram seguranças de Bolsonaro", diz Paulo Pimenta
O general Carlos Feitosa Rodrigues também integrou a comitiva a Moscou. Ele é responsável pelo “alerta laranja” na véspera da invasão golpista que levou a redução do efetivo de segurança no Planalto.
O coronel Wanderli Baptista da Silva Júnior estava entre os seguranças enviados a Nova York para acompanhar Bolsonaro na ONU, em setembro de 2022.
"Alexandre Santos de Amorim, André Luiz Garcia Furtado, Alex Marcos Barbosa Santos e Laércio da Costa Júnior também serviram como seguranças em viagens de Bolsonaro. O coronel André Furtado acompanhou Bolsonaro em motociata em São José do Rio Preto em 24 de fevereiro do ano passado. O tenente Alex Marcos Barbosa seguiu Bolsonaro na viagem que ele fez a Recife em 6 de agosto de 2022, também com direito a motociata", destaca a reportagem.]
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