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Uma semana após assassinato de petista, Bolsonaro vai a Juiz de Fora relembrar 'facada'

Bolsonaro usou a visita para participar de um evento evangélico, conduzir uma motociata e atacar o presidente do TSE, Edson Fachin

(Foto: Reprodução)

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247 - Jair Bolsonaro esteve em Juiz de Fora (MG) nesta sexta-feira, 15. A cidade foi palco da misteriosa "facada" no então candidato presidencial, em setembro de 2018, um evento mal explicado e que levanta muitas dúvidas até hoje. 

Em discurso no culto da 43ª Convenção Estadual das Assembleias de Deus (CONAMAD), evento evangélico, Bolsonaro relembrou o caso.

"Depois de quase 4 anos eu retorno a Juiz de Fora. Em cada 100 médicos que me viram naquele estado ou melhor, a maioria dos médicos que me viram naquele estado disse que a cada 100 pessoas que levam uma facada daquela, apenas uma tinha a chance de sobreviver. Alguns acham que é sorte. Eu acho que é outra coisa: é a mão de Deus. Ou melhor, eu tenho a certeza", disse ele, sendo ovacionado pela plateia.

“Todos nós temos um ponto final. Não sou pregador, sou militar, mas acho que certas coisas só Deus explica. A minha vida está recheada dessas coisas: sobrevivência, a decisão sozinho de vir candidato a presidente em novembro de 2014”.

A viagem ocorre num momento em que o ocupante do Palácio do Planalto vem sendo acusado de estimular atos de violência contra adversários políticos, após o assassinato do militante petista Marcelo Arruda pelo terrorista bolsonarista Jorge Guaranho, em Foz do Iguaçu (PR)

Bolsonaro então participou de uma motociata. Durante o passeio, gritos contrários a ele eram frequentes. Uma mulher chegou a ser retirada do local por seguranças. 

Em vídeos postados nas redes sociais, Bolsonaro aparece cercado de seguranças. Ele posou para selfies com apoiadores e, em um determinado momento, um grupo volumoso de pessoas se aproximou do chefe de governo. 

Fachin

Durante a vista, Bolsonaro atacou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin. Ele o acusou de anular as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que ele pudesse retornar ao cargo no Palácio do Planalto. A Lava Jato prendeu injustamente o petista, conforme constatado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pela Organização das Nações Unidas. 

“A gente sabe a vida pregressa dele [Fachin], foi um militante de esquerda, advogado do MST [Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra], isso é verdade, não fake news. Temos até vídeo dele falando isso. E ele colocou o Lula para fora. Agora, colocou para fora só para vê-lo livre? Porque, segundo o STF, o Lula é elegível. Então ele disputa as eleições”, afirmou.

“O que a gente entende do lado de cá é que ninguém vai botar o cara para fora com condenações grandes em três instâncias, para ficar passeando por aí com sua namorada, noiva, e agora sua jovem esposa. Colocou para fora, no meu entendimento, para ser o presidente da República. E deixo claro: quem é atualmente o presidente do TSE? O senhor Edson Fachin”, continuou.

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