Valdemar pode ter abandonado Bolsonaro, aponta advogado
Roberto Bertholdo analisou a saída de Marcelo Bessa da equipe de defesa do ex-presidente. Bessa também representa Valdemar Costa Neto e poderia haver "conflito de interesses"
247 - O advogado Roberto Bertholdo, em publicação na rede social X (antigo Twitter), levantou a possibilidade de uma possível ruptura entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL). Bertholdo levanta essa hipótese com base na renúncia do advogado Marcelo Bessa aos casos em que representava Bolsonaro.
Bessa, que também atuava na defesa de Valdemar Costa Neto, optou por abandonar todos os casos relacionados ao ex-presidente. Essa decisão sugere, segundo Bertholdo, que em algum momento os interesses de Bolsonaro poderiam entrar em conflito com os de Valdemar Costa Neto.
"O excelente advogado Marcelo Bessa, que é muito ético e bom profissional, defendia alguns casos do ex-presidente Bolsonaro. Hoje, renunciou a todos esses casos. Acredito, a partir da minha experiência, que o mesmo tomou esta providência pelo fato dele também defender Valdemar Costa Neto. Isso, na minha opinião, aconteceu, em tese, porque a defesa do ex-presidente do PL, em algum momento processual, poderá se conflitar com os interesses de Bolsonaro", escreveu Bertholdo.
A especulação ganha força diante do atual cenário político conturbado, com Bolsonaro envolvido em diversos processos no Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo o inquérito das milícias digitais e investigações sobre vazamento de dados sigilosos da Polícia Federal relacionados ao sistema de votação eletrônico e sua gestão durante a pandemia de Covid-19.
Para assumir a defesa de Bolsonaro no STF, a advogada Luciana Lauria Lopes foi designada, após a saída de Marcelo Bessa. No entanto, a relação entre os advogados de suspeitos de golpe de Estado está sob restrições determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, o que poderia complicar ainda mais a situação.
Vale ressaltar que nos últimos dias a Polícia Federal deflagrou a Operação Tempus Veritatis ("A hora da Verdade"), com o intuito de investigar e punir os envolvidos em um suposto plano golpista que incluía a prisão de ministros do STF e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Entre os alvos da operação estão generais e antigos assessores de Bolsonaro, além de militares da ativa.
"Quem conhece bem Valdemar Costa Neto acredita que ele jamais embarcaria numa aventura golpista. Eu também acredito nisso", acrescentou o advogado, em sua publicação na rede X.
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