Vice de Bolsonaro, Braga Netto liderou reuniões para discutir golpe contra eleição de Lula
Segundo a CNN, general Braga Netto debateu com aliados a decretação do Estado de Defesa no país e pode ter relação com a minuta golpista de Anderson Torres
247 - Interlocutores de Jair Bolsonaro e de Anderson Torres afirmaram que o general Walter Braga Netto, candidato a vice na chapa bolsonarista e ex-ministro da Defesa, liderou reuniões em Brasília (DF) para discutir soluções com o objetivo de mudar o resultado eleitoral. De acordo com informações publicadas nesta quarta-feira (18) pela CNN Brasil, uma alternativa seria o artigo 142 da Constituição Federal, que poderia ser um golpe, com uma intervenção militar.
Na última quinta-feira (12), policiais federais encontraram na casa de Torres, em Brasília, um documento com estratégias para uma tentativa de golpe no País. O ex-ministro foi preso.
"Os relatos de aliados de Bolsonaro são de que o decreto pode ser resultado desses encontros em que se buscou saídas jurídicas para a revisão do resultado eleitoral. Esses interlocutores diretos de Bolsonaro apontam que a fala de Braga Netto a apoiadores do presidente em frente ao Palácio da Alvorada em novembro ocorreu dentro desse contexto de busca por alternativas jurídicas ao resultado eleitoral", diz a CNN.
O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Benedito Gonçalves determinou a inclusão da minuta golpista em uma ação de investigação contra Bolsonaro e Braga Netto.
Ministros do Supremo Tribunal Federal e o PL, partido de Bolsonaro, acreditam na hipótese de o ex-chefe do Executivo federal se tornar inelegível.
Nos últimos anos, Bolsonaro tentou fazer seus apoiadores a terem uma visão negativa do Judiciário, que, segundo ele, atrapalhava o governo. O ex-ocupante do Planalto defendeu a participação das Forças Armadas na apuração do resultado das eleições. Partidos de oposição denunciaram publicamente a hipótese de o bolsonarismo tentar um golpe.
Em novembro do ano passado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) multou o PL em R$ 22,9 milhões após o partido questionar a confiança das urnas eletrônicas.
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