Vídeo resume viagem de Lula pela Europa, que demonstrou sua liderança internacional; assista
Vídeo do fotógrafo Ricardo Stuckert traz imagens e declarações do ex-presidente durante sua passagem pela Alemanha, Bélgica, França e Espanha
247 - O ex-presidente Luiz Inácio ula da Silva divulgou neste domingo (21) um vídeo que traz um resumo de sua viagem pela Europa.
O ex-presidente, que lidera todas as pesquisas para a presidente em 2022, se reuniu com alguns dos principais líderes da União Europeia, como o provável sucessor da chanceler Angela Merkel na Alemanha, Olaf Sholz, o presidente da França, Emmanuel Macron, e o presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez.
Assista:
O ex-presidente Lula terminou na Espanha a viagem pela Europa, que teve início dia 11 de novembro, pela Alemanha. Lula teve uma série de encontros com lideranças europeias nesse período. Na Alemanha, se reuniu com o Olaf Scholz, vencedor das eleições alemãs que deverá substituir Angela Merkel; com Martin Schulz, ex-presidente do Parlamento Europeu, liderança do Partido Social-Democrata (SPD) da Alemanha e presidente da Fundação Friedrich Ebert; e com as deputadas do SPD Yasmin Fahimi e Isabel Cademartori, eleitas na última eleição alemã, vencida pelo SPD, em setembro, entre outras lideranças políticas.
Lula teve também teve encontro com lideranças sindicais do país, como a secretária-geral da Confederação Sindical Internacional (ITUC da sigla em inglês), Sharan Leslie Burrow, e discutiu os desafios de organização da classe trabalhadora no Brasil e no mundo.
Na Bélgica, a partir do dia 13, o ex-presidente participou da Reunião de Alto Nível no plenário do Parlamento Europeu, onde discursou e foi aplaudido de pé pelos eurodeputados. O evento, intitulado Juntos durante a crise para uma nova agenda progressista, reuniu líderes da Europa e da América Latina para discutir como o mundo pode sair mais forte da pandemia a partir de uma agenda progressista.
Lula também se reuniu com o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrel; com José Luis Rodríguez Zapatero , ex-primeiro-ministro da Espanha; com o economista Joseph Stiglitz, prêmio Nobel de Economia; e com a líder do bloco social democrata no Parlamento, Iratxe García Pérez. Teve reuniões com os eurodeputados do Bloco Social Democrata no Parlamento Europeu.
Já na França, a partir do dia 16, Lula foi recebido pelo presidente Emmanuel Macron. No encontro, de mais de uma hora, Lula e o presidente francês dialogaram sobre a crise mundial, geração de empregos, redução das desigualdades e proteção ambiental. Lula também teve agenda com a prefeita de Paris, Anne Hidalgo; com o ex-presidente da França, François Hollande e com o Jean-Luc Mélenchon, ex-candidato à presidência da França e líder do movimento França Insubmissa.
Também na França, Lula foi homenageado mais uma vez pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris (Sciences Po), dez anos após receber o título Doutor Honoris Causa. No Sciences Po, o ex-presidente discursou sobre “Qual o lugar do Brasil no mundo de amanhã?”. Na capital francesa Lula também recebeu o prêmio Coragem Política 2021, concedido pela revista Politique Internationale por sua gestão “marcada pelo desejo de promover a igualdade” na Presidência da República.
Na Espanha, a partir do dia 18, Lula esteve com o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, no Palácio da Moncloa, e com a vice-presidente, Yolanda Díaz. Na capital espanhola, Lula participou do seminário “Cooperação multilateral e recuperação regional pós-Covid-19” e do ato “Construir o Futuro”. O ex-presidente também teve encontros as federações sindicais da Espanha.
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Em entrevista ao El País, Lula fala de possível projeto para 2022
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva completou, no último sábado (21), viagem por países europeus, como Alemanha, França e Espanha, onde realizou encontros com lideranças locais. Lula foi aplaudido de pé no Parlamento Europeu e recebido com honras de chefe de Estado pelo presidente francês Emanuel Macron.
Neste domingo, o ex-presidente foi capa do jornal El País, da Espanha, que está entre os de maior circulação, onde abordou temas importantes que devem ganhar destaque cada vez maior à medida que o Brasil entra em ano eleitoral.
Primeiro, Lula atrelou sua candidatura a duas agendas: "recuperar o prestígio internacional (do Brasil) e que o povo possa comer três vezes ao dia."
Ele destacou um mote reiterado ainda na sua primeira campanha, o de combate à fome global. "Não posso admitir que o mundo produza mais alimentos do que a humanidade pode comer, e que tenhamos 800 milhões de pessoas com fome no mundo.", disse Lula ao El País.
O líder do PT ainda apontou para o fato de que as políticas públicas do governo implementadas a partir de 2018, com o governo Bolsonaro, levaram o Brasil da sexta posição como maior economia mundial para a 13ª. O que ocorreu, segundo ele, foi a destruição do setor industrial brasileiro: "deixamos de ser um sonho para os investidores estrangeiros e passamos a ser um pesadelo."
Perguntado como poderia ser resolvido o quadro de crise pós-pandemia, Lula apontou para o fundo de 760 bilhões de euros criado pela União Europeia e o plano dos EUA de 1 trilhão de dólares para injetar na economia. Ele defendeu, desse modo, que "o Estado tem que ser o indutor desse movimento, tem que colocar o dinheiro para que a economia cresça. Na crise de 2008 fizemos isso."
Por fim, ao ser indagado sobre o que tirou da experiência dos processos judiciais contra ele e sua prisão, Lula disse que, primeiro, foi decisão sua ir para a prisão em vez de sair do país, já que tinha consciência de sua inocência.
E complementa: "tinha segurança de que o juiz Moro e os procuradores haviam formado uma quadrilha político-econômica para me destruir, que decidi ir à polícia para provar minha inocência. E acredito que consegui."
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