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    Voto do relator de julgamento que poderá cassar Moro foi mantido em segredo até dos colegas do TRE

    O TRE do estado do Paraná inicia nesta segunda-feira (1) o julgamento das ações que pedem a cassação do mandato de Moro no Senado

    Sergio Moro (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

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    247 - O TRE  do estado do Paraná inicia nesta segunda-feira (1) o julgamento das ações que pedem a cassação do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e o desembargador Luciano Falavinha, relator das duas ações, adotou uma estratégia para tentar impedir o vazamento do seu voto e blindá-lo de especulações até mesmo de colegas no plenário. 

     “O voto de Falavinha tem cerca de 200 páginas, o que já fez muita gente se perguntar se um voto tão extenso não teria sido elaborado para justificar a cassação do parlamentar. Mas o inteiro teor do voto de Falavinha só será conhecido na hora até mesmo pelos próprios juízes que participarão do julgamento no TRE. A decisão de manter o voto do relator em sigilo foi tomada antes do Carnaval, em uma reunião reservada dos juízes do TRE”, indica a jornalista Malu Gaspar, em sua coluna no jornal O Globo. 

    Saiba mais - Moro enfrenta graves acusações referentes ao processo eleitoral que o elegeu senador, em 2002, referentes ao abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação em ações de investigação judicial eleitoral. As ações são movidas pela coligação Federação Brasil da Esperança, composta pelos partidos PCdoB, PV e PT e  pelo PL.

    O MP argumenta que Moro se beneficiou de recursos e exposição em dois partidos e em diferentes candidaturas, o que lhe teria conferido vantagem indevida sobre os demais concorrentes. Entre as alegações, estão gastos não contabilizados, como a cerimônia de filiação do político ao Podemos, que deveriam ser considerados investimentos na pré-campanha, aponta reportagem do Conjur.

    Além disso, o relatório do caso detalha possíveis envolvimentos em caixa dois, incluindo a contratação de um escritório de advocacia pertencente a Luis Felipe Cunha, primeiro suplente de Moro, no valor de R$ 1 milhão, pago pelo União Brasil.

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