Youssef é novamente preso pela PF por ordem de novo juiz da Lava Jato
Decisão é do juiz federal Eduardo Appio, que assumiu os processos da Lava Jato na 13ª Vara Federal de Curitiba
247 — O juiz federal Eduardo Appio, responsável pelos processos da Operação Lava Jato em Curitiba desde fevereiro, determinou a prisão de Alberto Youssef, informou a VEJA. O ex-doleiro foi peça chave no início da operação em 2014.
Ele foi preso na cidade de Itapoá, litoral de Santa Catarina, após a Polícia Federal tentar cumprir o mandado de prisão em um endereço residencial fornecido por ele à Justiça, mas que era um barracão abandonado.
Na decisão, o magistrado afirma que o ex-doleiro não devolveu todos os valores de que se beneficiou ilicitamente, levava uma vida “privilegiada” e não atualizou suas informações de endereço à Justiça Federal.
“O relatório fiscal para fins penais da Receita Federal deixa evidenciado que o acusado não devolveu aos cofres públicos todos os valores desviados e que suas condições atuais de vida são totalmente incompatíveis com a situação da imensa maioria dos cidadãos brasileiros”, afirma Appio.
“O simples fato de que possui diversos endereços e de que estaria morando na praia já evidencia uma situação muito privilegiada e que resulta incompatível com todas as condenações já proferidas em matéria criminal”, conclui.
Durante a Lava Jato, Youssef foi preso em março de 2014 em uma operação da Polícia Federal brasileira, acusado de lavagem de dinheiro. Ele era um dos principais operadores de um esquema de corrupção que envolvia a Petrobrás.
A partir das investigações em torno de Youssef, a Polícia Federal apontou um vasto esquema de corrupção envolvendo empreiteiras, políticos e funcionários públicos.
Youssef acabou fazendo um acordo de delação premiada com as autoridades, no qual se comprometeu a fornecer informações sobre o esquema de corrupção em troca de uma pena menor. Suas informações foram fundamentais para as investigações da Lava Jato e ajudaram a desvendar muitos detalhes do esquema.
Em 2017, Youssef foi condenado a mais de 100 anos de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e corrupção ativa. No entanto, devido ao acordo de delação premiada, ele recebeu uma pena mais branda e foi libertado em 2018.
(Com apoio da inteligência artificial)
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