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    Xi Jinping mantém reunião com o Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva

    O Presidente Lula e a Senhora Rosângela deram calorosas boas-vindas e ofereceram uma solene e grandiosa cerimônia em homenagem ao Presidente Xi Jinping

    (Foto: CMG)

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    CMG – Na manhã do dia 20 de novembro, no horário local, o Presidente da China, Xi Jinping, manteve reunião com o Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente brasileiro, em Brasília. Os chefes de Estado anunciaram a elevação das relações entre os dois países à Comunidade de Futuro Compartilhado China-Brasil por um Mundo mais Justo e um Planeta mais Sustentável.

    No início do verão, Brasília tem céu límpido e ar fresco. No Palácio da Alvorada cercado por grama esmeralda, 450 guardas de honra imponentes estavam em formação ordenada. O Presidente Xi Jinping, escoltado por 120 cavaleiros Dragões da Independência, chegou de carro à praça em frente ao Palácio da Alvorada.

    O Presidente Lula e a Senhora Rosângela deram calorosas boas-vindas e ofereceram uma solene e grandiosa cerimônia de boas-vindas em homenagem ao Presidente Xi Jinping.

    A banda militar tocou os hinos nacionais da China e do Brasil. Os dois chefes de Estado assistiram ao desfile da guarda de honra. Crianças chinesas e brasileiras com as bandeiras nacionais dos dois países nas mãos manifestaram as calorosas boas-vindas ao Presidente Xi Jinping. Uma artista brasileira apresentou em língua chinesa a música chinesa Minha Pátria.

    Os dois chefes de Estado apertaram mãos e cumprimentaram as comitivas.

    Depois da cerimônia de boas-vindas, os dois chefes de Estado mantiveram reuniões.

    O Presidente Xi Jinping apontou o seguinte: É uma grande satisfação visitar o Brasil neste ano de especial importância histórica, o qual marca o cinquentenário das relações diplomáticas China-Brasil. A grandiosa cerimônia de boas-vindas com a mais alta honra que o Presidente Lula me ofereceu agora mesmo demonstrou plenamente a grande importância que ele atribui às relações China-Brasil e a profunda afinidade que ele tem com o povo chinês, as quais me deixaram muito tocado. A China e o Brasil são dois grandes países em desenvolvimento nos hemisférios leste e oeste. Desfrutaram, nos 50 anos passados, de um relacionamento que transcende montanhas e mares, e encontraram uma maneira correta de convivência entre grandes países em desenvolvimento, isto é, respeito e benefícios mútuos, amizade e cooperação de ganhos compartilhados. O Brasil foi o primeiro país a estabelecer parceria estratégica com a China e o primeiro país da América-Latina e Caribe a estabelecer parceria estratégica global com a China. Nos últimos anos, sob a orientação estratégica do Presidente Lula e minha, os nossos países consolidaram cada vez mais o seu relacionamento como amigos de confiança mútua e futuro compartilhado, bem como o seu papel de forças positivas que contribuem juntos para a paz. As relações China-Brasil encontram-se no melhor período na história. Tudo isso não só melhorou o bem-estar dos dois povos, mas também defendeu os interesses comuns dos países em desenvolvimento, aumentou a força e a voz do Sul Global, e fez contribuições significativos para a paz e a estabilidade do mundo.

    Elevamos hoje as relações China-Brasil para a Comunidade de Futuro Compartilhado por um Mundo mais Justo e um Planeta mais Sustentável, e estabelecemos sinergias entre a Iniciativa Cinturão e Rota e as estratégias de desenvolvimento do Brasil. Isso marca mais um momento histórico do desenvolvimento das nossas relações. Prova que estas são de projeção global, valor estratégico e longa duração. Atendeu às expectativas dos dois povos. Dá ímpeto e suporte à modernização do Brasil e da China. Demonstrou a nossa determinação de trabalhar juntos para defender a equidade e a justiça internacionais e de promover o desenvolvimento comum do mundo. A China gostaria de trabalhar com o Brasil. Vamos levar sempre em consideração o futuro da humanidade e o bem-estar dos povos, substanciar constantemente as relações China-Brasil com conteúdo da nova era, ser “parceiros de ouro” que ajudam um ao outro a conseguir sucesso, avançar juntos para a meta de formar uma comunidade com futuro compartilhado para a humanidade e criar um mundo mais justo e um planeta mais sustentável, dando maiores contribuições à paz e ao progresso da humanidade.

    O Presidente Xi Jinping fez quatro propostas para o futuro desenvolvimento das relações entre os dois países.

    Primeiro, visando futuro compartilhado, vamos consolidar constantemente a confiança estratégica mútua. Vamos trocar apoios firmes nos temas que envolvem os nossos interesses vitais como soberania, segurança e integridade territorial, para ser parceiros estratégicos de confiança mútua e dar exemplo de solidariedade, colaboração, benefícios mútuos, ganhos compartilhados e desenvolvimento comum dos países do Sul Global. Vamos reforçar o intercâmbio entre povos nas áreas de cultura, educação e jovem, para consolidar a base popular da comunidade de futuro compartilhado China-Brasil.

    Segundo, visando desenvolvimento conjunto, vamos reforçar sinergias entre estratégias de desenvolvimento. Vamos aproveitar a oportunidade histórica trazida pelo estabelecimento de sinergias entre a Iniciativa Cinturão e Rota e as estratégias de desenvolvimento do Brasil. Vamos aprofundar a cooperação nas áreas prioritárias como economia e comércio, infraestrutura, finanças, tecnologia e proteção ambiental. Vamos reforçar a cooperação em áreas como aeroespacial, tecnologia agrícola e energias limpas. A China sempre prioriza na sua governança a redução da pobreza, por isso, apoiando o Programa Fome Zero do Brasil, e está disposta a reforçar a cooperação nesta área com o Brasil e trazer uma vida melhor para os dois povos.

    Terceiro, visando responsabilidade comum, vamos conjugar esforços da China e do Brasil para a paz e a justiça do mundo. Vamos praticar o verdadeiro multilateralismo e preconizar palavras e ações justas, com vistas a tornar a governança global mais justa e equitativa. A China atribui grande importância ao papel e projeção internacional do Brasil. Apoia o Brasil a desempenhar um papel maior no palco internacional, e está disposta a reforçar a comunicação e a coordenação com a parte brasileira nos foros multilaterais como as Nações Unidas e o BRICS. A China apoia a presidência brasileira do BRICS no ano que vem. Espera que ela promova o desenvolvimento de alta qualidade da cooperação BRICS maior e emita uma voz mais alta do BRICS sobre o compromisso com o multilateralismo e o aprimoramento da governança global.

    Quarto, visando interesse comum, vamos fazer contribuições China-Brasil para a formação de uma comunidade com futuro compartilhado para a humanidade. A China e o Brasil, sendo grandes países em desenvolvimento, devem dar exemplos de consultas e discussões conjuntas, promovem ajuda mútua em nosso planeta Terra e conjugam esforços para responder a desafios globais que afetam o futuro da humanidade. Vamos reforçar a cooperação nas áreas como transição verde, desenvolvimento sustentável, enfrentamento de mudanças climáticas e governança da Inteligência Artificial (IA). A China gostaria de apoiar o Brasil a sediar com sucesso a COP30 (30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima).

    10 anos atrás, eu e líderes da América Latina e Caribe anunciamos aqui em Brasília, o estabelecimento do Fórum China-CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), trazendo as relações China-América Latina e Caribe para uma nova era caracterizada pela igualdade, benefícios mútuos, inovação, abertura e benefícios para os povos. A China está disposta a trabalhar junto com o Brasil, para dar continuidade ao bom funcionamento do Fórum China-CELAC, reforçar sinergias entre a Iniciativa Cinturão e Rota e as vantagens e necessidades de desenvolvimento da região, promovendo mais resultados de comunidade com futuro compartilhado China-América Latina e Caribe.

    O Presidente Lula apontou que o Brasil e a China são bons amigos de respeito e dependência mútuas. A China é o parceiro de cooperação estratégica mais importante do Brasil, e o povo chinês é o amigo mais confiável do povo brasileiro. Este ano marca o cinquentenário das relações diplomáticas entre o Brasil e a China. Estendo calorosas boas-vindas à mais uma visita de Estado ao Brasil do Presidente Xi Jinping neste momento tão importante. Fiz questão de arranjar, na cerimônia de boas-vindas, uma apresentação da famosa música chinesa Minha Pátria por uma artista brasileira. O objetivo foi para expressar agradecimento à parte chinesa pela acolhida calorosa durante a minha visita à China do ano passado, e manifestar a profunda afinidade do povo brasileiro com o povo chinês. Nos últimos 50 anos, a cooperação entre o Brasil e a China alcançou resultados frutíferos em diversas áreas. O Brasil espera aproveitar a visita do Presidente Xi Jinping como um novo ponto de partida, para promover mais resultados concretos para as relações bilaterais, e formar juntos a Comunidade de Futuro Compartilhado Brasil-China por um Mundo mais Justo e um Planeta mais Sustentável. O Brasil está implementando com afinco as estratégias de desenvolvimento como o Programa de Aceleração do Crescimento, o Plano Nova Indústria Brasil e o Programa Rotas da Integração Sul-americana, as quais são altamente alinhadas com a Iniciativa Cinturão e Rota da China. O reforço de sinergias entre as estratégias de desenvolvimento ajudará significativamente a reindustrialização do Brasil, promoverá a integração sul-americana e estabelecerá um exemplo de solidariedade, cooperação, benefícios mútuos e ganhos compartilhados entre países em desenvolvimento. As forças-tarefas compostas pelas duas partes devem acelerar as discussões e avançar na cooperação em áreas-chave como infraestrutura, finanças, cadeias produtivas, ciência e tecnologia e proteção ambiental. Mais empresas chinesas são bem-vindas a fazer investimento e cooperação aqui no Brasil. O Brasil espera melhorar conectividade e logística com a China, promover o desenvolvimento e a prosperidade comum do Brasil, da China e de toda a América Latina e Caribe. O Brasil se opõe à nova Guerra Fria. Defende a multipolarização e uma parceria global baseada em igualdade e respeito mútuo. Está pronto a trabalhar com a China para aprofundar a comunicação e a colaboração em foros multilaterais, como as Nações Unidas, o BRICS e o G20, e aumentar o direito à voz e projeção do Sul Global na governança global. Está disposto a continuar estreitando a colaboração nos foros multilaterais com a China, para contribuir para a resolução pacífica da crise na Ucrância e outras questões candentes. A visita do Presidente Xi Jinping se trata de um novo marco na história do desenvolvimento das relações Brasil-China, e abriu um novo capítulo da formação da Comunidade de Futuro Compartilhado Brasil-China.

    Depois das reuniões, os dois chefes de Estado assinaram a Declaração Conjunta entre a República Popular da China e a República Federativa do Brasil sobre a Formação Conjunta da Comunidade de Futuro Compartilhado China-Brasil por um Mundo mais Justo e um Planeta mais Sustentável.

    Os dois chefes de Estado testemunharam juntos a assinatura do Plano de Cooperação do Governo da República Popular da China e do Governo da República Federativa do Brasil para o estabelecimento de sinergias entre a Iniciativa Cinturão e Rota, o Programa de Aceleração do Crescimento, o Plano Nova Indústria Brasil, o Plano de Transformação Ecológica e o Programa Rotas da Integração Sul-americana.

    Durante a visita, as partes assinaram mais de 30 instrumentos de cooperação bilateral em áreas como economia e comércio, investimento, agricultura, economia digital, desenvolvimento sustentável, ciência e tecnologia, Inteligência Artificial e cooperação de desenvolvimento global.

    Cai Qi e Wang Yi participaram dos eventos.

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