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    “A terceira onda é uma certeza, ela vai chegar”, diz virologista Eurico Arruda

    A razão, segundo o especialista, é a lenta vacinação contra Covid-19 no país. “Nós vamos continuar a contar só com aquilo que a gente já conta, que é o quê? Máscara, álcool em gel, evitar aglomeração”, alertou o médico na TV 247. Assista

    Eurico Arruda (Foto: Divulgação)

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    247 - O médico virologista Eurico de Arruda, professor na Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto, afirmou à TV 247 que a chamada “terceira onda” da Covid-19 chegará, “com certeza”, ao Brasil: “é uma questão de tempo”.

    Segundo o especialista, a lenta vacinação da população é a causa central para o recrudescimento da pandemia no país. “A terceira onda é uma certeza. É uma questão só de esperar, porque ela vai chegar. Ela vai chegar porque a gente não está vacinando na velocidade que deveria. O primeiro mandamento disso é vacina. Essas vacinas, se não forem aplicadas urgentemente, a gente vai ter um espalhamento, que vai nos levar à terceira onda”. 

    Com a volta dos altos índices de contaminação pelo coronavírus, é preciso também reforçar as medidas de prevenção, alerta o médico. “Nós vamos continuar a contar só com aquilo que a gente já conta, que é o quê? Máscara, álcool em gel, evitar aglomeração, ou fazer os lockdowns nos focos, para tentar minimizar o espalhamento”.

    “Imunidade de rebanho é criminosa”

    Questionado sobre a temática da imunidade de rebanho, defendida pelo governo Jair Bolsonaro no início da pandemia, Eurico de Arruda classificou a estratégia como “criminosa” para um cenário como o da Covid-19. Hoje, apesar de integrantes do governo não fazerem a defesa da prática em discursos, defendem o uso da cloroquina como “cura”, o que tem como resultado a provocação de aglomerações.

    Eurico Arruda explicou que a imunidade de rebanho só é plausível em caso de doenças para as quais não tenham vacinas e que não apresentem riscos consideráveis de mortalidade. “Essa questão da imunidade de rebanho é criminosa, que eu acho que deveria ser mais perseguida até na CPI para documentar a intenção de fazer a imunidade de rebanho. Imunidade de rebanho existe para doença que não tem vacina e, especialmente, para doenças que não matam, como resfriado, por exemplo. Não existe vacina para resfriado. Então você espera que as pessoas, com o passar do tempo, vão adquirindo imunidade, de modo que você vai ficando mais velho e tendo menos resfriados. Você já teve tantos que agora sobram menos vírus para você ter. Mas esse raciocínio não pode ser aplicado no caso de uma doença como a Covid, que tem uma mortalidade significativa, porque você está decretando que muitas pessoas vão morrer”.

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