AGU diz que mais 57 mil crianças e jovens foram vacinados irregularmente contra a Covid-19
Advogado-geral da União, Bruno Bianco, pediu que o ministro do STF Ricardo Lewandowski suspenda as campanhas que estejam em desacordo com o PNO
247 - A Advocacia Geral da União informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que ao menos 57.147 crianças e adolescentes, com idades entre 0 e 17 anos, foram vacinadas irregularmente contra a Covid-19 no Brasil até dezembro do ano passado. De acordo com o Poder 360, as informações foram enviadas nesta quarta-feira (19) ao ministro Ricardo Lewandowski pelo advogado-geral da União, Bruno Bianco. No documento enviado à Corte, Bianco pede a suspensão das campanhas de vacinação que não estejam de acordo com o PNO (Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19).
“Embora o único imunizante previsto no PNO para aplicação em menores de 18 anos até o presente momento seja aquele produzido pela Comirnaty/Pfizer, o cadastro indica que, sem qualquer critério aparente, milhares de doses de outros imunizantes foram aplicadas em adolescentes e crianças em diversos Estados brasileiros”, diz Bianco na petição.
Segundo a AGU, ao menos 14.561 crianças e adolescentes menores de 18 anos receberam o imunizante da AstraZeneca. Outras 20.064, o da CoronaVac e outras 1.274, a vacina da Janssen contra a Covid-19. Outras 18.838 crianças de 5 a 11 anos teriam sido vacinadas foram vacinadas com o imunizante da Pfizer antes mesmo da liberação da campanha de imunização pelo Ministério da Saúde, e outras 2.410 crianças na faixa dos 0 aos 4 anos também teriam sido vacinadas erroneamente até o final do ano passado.
A vacinação contra a Covid-19 em menores de 5 anos de idade não é permitida no Brasil.
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