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    Anvisa sabota vacina chinesa e Doria diz que vai aplicá-la sem autorização federal

    O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), ainda afirmou que o governo de Jair Bolsonaro está interferindo na Anvisa para impedir o desenvolvimento da vacina chinesa, CoronaVac

    João Doria, CoronaVac e Jair Bolsonaro (Foto: GOVSP | Reuters | PR)

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    247 - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, nesta quinta-feira, 26, que o Instituto Butantan não entregou o resultado de nenhuma fase de pesquisa clínica da CoronaVac (vacina chinesa contra a Covid-19) com seres humanos.

    A vacina é desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Butantan, em São Paulo.

    Em nota à imprensa, a agência ainda destacou que “o Butantan afirmou que o pacote de informações necessárias para a avaliação da vacina ainda não foi concluído pelo Instituto” e que a “eventual aprovação de uma vacina pela autoridade regulatória da China não implica aprovação automática para o Brasil”.

    A agência também disse que, “mesmo após o registro em algum outro país, a avaliação da Anvisa é necessária para verificar pontos que não são avaliados por outras agências internacionais”.

    Já o governador de São Paulo, João Doria, disse ao Metrópoles que a CoronaVac poderá ser aplicada no país mesmo que não obtenha registro da Anvisa, desde que receba o aval de agências reguladoras de outros países.

    Ele disse ainda que a Anvisa está sob suspeita de interferências políticas do governo de Jair Bolsonaro, que é contra a vacina chinesa por questões meramente ideológicas.

    "Era tudo o que nós não esperávamos é que pudesse ter havido uma intervenção e, de fato, houve. Há suspeitas claras de que houve uma intervenção do Palácio do Planalto junto à Anvisa. Aliás, a melhor prova disso foi uma postagem do presidente Bolsonaro celebrando: eu venci e o Doria perdeu", disse.

    "Hoje há uma suspeita de que a Anvisa pode sofrer ingerências políticas do Palácio do Planalto e não ser uma agência independente como deveria ser, como deve ser", reforçou.

    "Não há outro caminho que não liberar [a vacina] dentro dos critérios que a Anvisa tem, que são os mesmos critérios de protocolos internacionais de outras agências de vigilância sanitária que também estão avaliando a vacina CoronaVac, nos Estados Unidos, na Europa, sobretudo na Ásia. Essas agências, se validarem a vacina, ela estará validade independentemente da própria Anvisa", acrescentou.

    Os resultados da fase 3, porém, ainda não foram apresentados e o pedido de registro ainda não foi solicitado.

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