Com produção de vacinas parada, Brasil registra 1.340 mortes por Covid-19
Segundo o consórcio da imprensa (Folha, Estado, Globo, Uol, Extra, G1), o Brasil registrou 1.382 mortes - o maior número de óbitos desde 4 de agosto, quando foram registradas 1.394 mortes
Gabriel Valery, da RBA - Em mais um dia de alta letalidade do novo coronavírus, o Brasil registrou nesta quarta-feira (20), mais 1.340 mortos por covid-19 num período de 24 horas – o período entre as 16h de ontem e as 16h de hoje. As informações são do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass). Desde o início do surto no país, em março, 212.831 brasileiros morreram em decorrência de complicações do vírus.
O Conass informa também que o país soma um total de 8.638.249 casos confirmados de covid-19, também desde março. Nas últimas 24 horas foram registrados oficialmente 64.385 novos infectados. É o período de maior contágio da doença em toda a série histórica.
Desde o dia 16 de dezembro, o país entrou em uma nova onda de contágios maior do que a registrada no pior momento até então, entre junho e agosto. A média epidemiológica calculada em sete dias está em 54.530 novos casos e 981 mortes diárias.
A pandemia está fora de controle em todo o país de acordo com a universidade norte-americana de Johns Hopkins. Já levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostra que, além disso, 13 estados estão com forte tendência de elevação nos casos e mortes. São eles Mato Grosso do Sul, Paraná, Goiás, Alagoas, Tocantins, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso, Amazonas, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Maranhão e São Paulo
Nas próximas semanas, o Brasil pode entrar em um momento ainda pior da pandemia, reflexo de grandes aglomerações que começaram no fim do ano e seguem, além da circulação de mutações do novo coronavírus no país.
Brasil problema
O Brasil volta a ser um dos epicentros da pandemia no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Enquanto o governo federal, de Jair Bolsonaro se posiciona contrário à vacinação da população e as medidas de isolamento e cuidados, estados e municípios não tomam medidas eficazes de isolamento. A OMS divulgou, também hoje, que o país registrou maior aumento proporcional no número de casos entre as nações mais atingidas pela covid-19.
Enquanto o mundo viu uma queda no contágio de 6% durante a última semana, puxado pela Europa, que vem adotando medidas rígidas de isolamento social, o Brasil avançou 21%. Mesmo os Estados Unidos, que registraram recordes de mortes nas últimas duas semanas, conseguiram reduzir o contágio em 11% entre os dias 10 e 17 de janeiro. Em relação às mortes, o Brasil teve escalada de 12%.
O diretor de emergências da OMS, Michael Ryan, afirmou que “o vírus está explorando a nossa falta de comprometimento, a nossa mudança de comportamento”. Mesmo com a vacinação em curso em boa parte do mundo, problemas logísticos e dificuldades na produção devem tornar este um processo longo. A OMS mantém a orientação de isolamento social. “Não podemos esquecer as ferramentas que já temos. Queremos que isso acabe logo, estamos cansados. Mas precisamos de ação coletiva para colocar um fim na pandemia”, disse a líder técnica da OMS, Maria van Kerkhove.
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: