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    Com base em ocupação de leitos de UTI, Fiocruz alerta para piora na situação da Covid

    Das 27 unidades da federação, 6 estados e DF estão na zona de alerta crítico, 12 estados estão na zona de alerta intermediário e 8 estão fora da zona de alerta

    (Foto: REUTERS/Kacper Pempel)

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    Por Denise Assis, para 247 - Enquanto o Ministério da Saúde tenta explicar nota que enaltece a cloroquina, já comprovadamente ineficaz contra o tratamento da Covid, os casos da variante ômicron se multiplicam, o que levou a técnicos da Fiocruz a traçarem um cenário de alerta à população, autoridades e especialistas.

    Em matéria publicada hoje, no seu Boletim do Observatório Covid-19, a instituição elaborou e divulgou Nota Técnica, em que se baseia na ocupação do número de leitos de UTI, para traçar um cenário a pandemia no país.

    Tendo como foco os indicadores de leitos de UTI para adultos no SUS, a Fiocruz considera que a situação é de piora, com muitos estados ampliando o número de leitos de UTI, e em 12 unidades da Federação (UF) houve um aumento nas taxas de ocupação. Das 27 UF, 6 estados e o Distrito Federal estão na zona de alerta crítico, 12 estados estão na zona de alerta intermediário e 8 estão fora da zona de alerta.

    Mapa casos covid


    Os pesquisadores do Observatório afirmam que a situação está nitidamente piorando, embora o avanço da vacinação ajude a desenhar um quadro diferente do de outros momentos mais críticos da pandemia. Como fica claro na Nota Técnica, com a grande transmissibilidade atual, com a variante Ômicron, mesmo um número inferior de casos que necessitam de internação em UTI gera números expressivos que pressionam o sistema de saúde.

    A vacinação faz com que indivíduos se tornem pouco suscetíveis a internações, mas idade avançada e comorbidades podem gerar vulnerabilidades. Até porque, uma parte considerável da população ainda não recebeu a dose de reforço e outra parcela nem foi vacinada. Diante desse quadro, e em meio a estação mais quente do ano, que é também um período de férias que favorece aglomerações, a Nota Técnica reforça a importância de avançar na vacinação e endurecer a obrigatoriedade do uso de máscaras e do passaporte vacinal em locais públicos. Os pesquisadores também sugerem a promoção de campanhas de orientação à população e o autoisolamento quando do aparecimento de sintomas.

    Pernambuco (81%), Espírito Santo (80%) e Goiás (82%) se mantiveram na zona de alerta crítico, juntando-se a eles Piauí (82%), Rio Grande do Norte (83%), Mato Grosso do Sul (80%) e Distrito Federal (98%). Na zona de alerta intermediário permaneceram Amazonas (75%), Roraima (70%), Pará (76%), Tocantins (77%), Ceará (75%) e Bahia (67%) e entraram Rondônia (65%), Amapá (69%), Rio de Janeiro (62%), São Paulo (66%) e Paraná (61%), que estavam fora da zona de alerta. Mato Grosso (78%) deixou a zona de alerta crítico e ingressou na zona de alerta intermediário.

    Entre as 25 capitais com taxas divulgadas, 9 estão na zona de alerta crítico: Porto Velho (89%), Rio Branco (80%), Macapá (82%), Fortaleza (93%), Natal (percentual estimado de 89%), Belo Horizonte (95%), Rio de Janeiro (98%), Cuiabá (89%) e Brasília (98%). Catorze estão na zona de alerta intermediário: Manaus (75%), Boa Vista (70%), Palmas (69%), São Luís (64%), Teresina (percentual estimado em 79%), Maceió (65%), Salvador (67%), Vitória (77%), São Paulo (71%), Curitiba (71%), Florianópolis (69%), Porto Alegre (60%), Campo Grande (79%) e Goiânia (75%).

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