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    E-mails provam que governo Bolsonaro teve pressa para comprar cloroquina e empurrou com a barriga aquisição de vacinas

    Único empenho do governo durante a pandemia foi para comprar remédios ineficazes contra a covid-19, que serviram apenas ao charlatanismo presidencial

    (Foto: Reprodução | Agência Pará)

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    247 – O governo de Jair Bolsonaro nunca teve interesse em adquirir vacinas e se empenhou fortemente apenas para adquirir insumos para cloroquina, remédio ineficaz contra a covid-19, que serviu apenas ao charlatanismo presidencial. É o que aponta reportagem de Julia Affonso e Vinícius Valfré, no jornal Estado de S. Paulo.

    "Troca de e-mails entre a diplomacia brasileira e a chancelaria indiana e representantes de farmacêuticas do país asiático mostra a agilidade com que o governo de Jair Bolsonaro buscou adquirir hidroxicloroquina para o tratamento da covid-19, medicamento sem eficácia comprovada contra a doença. Algumas mensagens foram respondidas pelo governo brasileiro em 15 minutos, à noite e até em fins de semana. O esforço pelo medicamento se contrapõe à postura do Executivo em relação às vacinas. No caso da Pfizer, o governo demorou pouco mais de dois meses para responder aos contatos da empresa", informam os repórteres.

    "A série de 54 e-mails expõe a postura proativa do governo brasileiro para liberar cargas de matéria-prima da hidroxicloroquina a empresas que fabricam o medicamento no País. As mensagens foram enviadas pelo ministro-conselheiro da Embaixada do Brasil na Índia, Elias Antônio de Luna e Almeida Santos, segundo na hierarquia do posto diplomático", apontam. Os documentos sigilosos, em poder da CPI da Covid, foram obtidos pela agência de dados Fiquem Sabendo, especialista em Lei de Acesso à Informação.

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