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    Em meio a superlotação nos hospitais, 18 estados registram falta de medicamentos utilizados em UTIs

    A falta de medicamentos ocorre em meio ao avanço das internações causadas pela Covid-19. Estados começaram a registrar escassez de medicamentos usados para intubação, como sedativos e relaxantes musculares

    (Foto: ABr)
    Juca Simonard avatar
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    247 - O deputado federal Paulo Teixeira (PT) afirmou, nas redes sociais, nesta quinta-feira, 18, que “estão acabando 22 medicamentos utilizados nas UTIs brasileiras”. A informação foi levantada pelos governos estaduais e entregue à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

    A falta de medicamentos ocorre em meio ao avanço das internações causadas pela Covid-19. Estados começaram a registrar escassez de medicamentos usados para intubação, como sedativos e relaxantes musculares.

    Segundo o Fórum de Governadores, 18 estados estão com estoques muito baixos de neurobloqueadores, e há também risco de desabastecimento de oxigênio, como ocorreu no início do ano no Amazonas.

    "Tratamos do assunto na agenda com a Anvisa e foi dito que estão acompanhando. Há risco de falta em várias regiões do país. Como somos um país continental, precisamos garantir segurança no abastecimento da rede hospitalar em todas as regiões e capacidade de fornecimento das indústrias do Brasil e também do que depende de importação", disse à Reuters o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), que coordena o grupo sobre a pandemia no Fórum de Governadores.

    Brasil passa por maior colapso sanitário e hospitalar de sua história

    A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) destacou recentemente que 24 estados e o Distrito Federal, entre as 27 unidades federativas do Brasil, têm taxas de ocupação de leitos iguais ou superiores a 80%, sendo 15 delas com índices iguais ou superiores a 90%. Entre as capitais, 25 das 27 estão com taxas iguais ou superiores à marca de 80%. Destas, 19 estão acima de 90%.

    Os pesquisadores da fundação destacaram que o processo de superlotação conjunta levou à impossibilidade de remanejamento de pacientes não apenas para o atendimento a casos de Covid-19, mas também por conta daqueles relacionados a outras causas. A avaliação é que o país passa hoje por uma “situação gravíssima”, configurando o maior colapso sanitário e hospitalar de sua história.

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