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    Ex-ministro da Saúde estima que 230 mil pessoas já morreram de Covid no Brasil

    Ex-ministro bolsonarista Nelson Teich diz que uma estimativa conservadora de subnotificações representa 20% do total de 190 mil registrados no País. "Estamos atualmente com cerca de 230 mil mortos pela Covid-19 e os números crescem de forma significativa", escreveu

    (Foto: Alex Pazuello/Semcom | ABr)

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    247 - Ex-ministro da Saúde no governo de Jair Bolsonaro, Nelson Teich alertou nesta sexta-feira (25) que o Brasil tem um grande número de notificações de mortes causadas pelo novo coronavírus. Segundo Teich, o País já deve ter cerca de 230 mortes pela doença. 

    Em publicação na rede LinkedIn, o ex-ministro destacou que a Covid-19 é a pior pandemia que o Brasil já viveu, ela é mais grave que a Gripe Espanhola. "O Brasil marcou ontem, dia 24 de dezembro, 190 mil mortes. Se incluirmos nesse número as mortes subnotificadas, que conservadoramente representam 20% do total atual. Estamos atualmente com cerca de 230 mil mortos pela Covid-19 e os números crescem de forma significativa", escreveu. 

    "Momentos como o atual demandam dos dirigentes, humanidade e nobreza, características que não existem quando posições pessoais e políticas são definidas como uma prioridade", opinou Nelson Teich em outro tweet. 

    Um estudo realizado pela Vital Strategies, organização composta por pesquisadores, especialistas e setores governamentais, mostra que o Brasil pode ter superado a marca das 220 mil mortes pela Covid-19. A contagem oficial é de pouco mais de 190 mil mortes até este Natal. 

    O estudo baseia o número no fato de que ocorreram 242.249 mortes por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) até 14 de dezembro. 32.923 destas pessoas apresentaram sintomas da Covid-19, e 68.631 não tiveram a causa especificada. Assim, como a principal causa de morte pela Covid-19 é a SRAG, isso resulta em potenciais 221.208 mortes em razão do novo coronavírus.

    Leia na íntegra o texto de Nelson Teich:

    A Covid-19 é a pior pandemia que o Brasil já viveu, ela é mais grave que a Gripe Espanhola.

    O Brasil marcou ontem, dia 24 de dezembro, 190 mil mortes. Se incluirmos nesse número as mortes subnotificadas, que conservadoramente representam 20% do total atual, estamos atualmente com cerca de 230 mil mortos pela Covid-19 e os números crescem de forma significativa. Como aconteceu no início da pandemia, não é possível saber onde esses números vão chegar.

    Os relatos históricos da Gripe Espanhola apontam um pouco mais de 35 mil mortes no Brasil nos anos de 1918 e 1919. Pelos dados do IBGE, em 1920 o Brasil tinha 30.6 milhões de habitantes. Se ajustarmos a mortalidade daquela época para os dias atuais, onde o Brasil tem aproximadamente 212.4 milhões de habitantes, o número equivalente de mortes em 2020 seria de aproximadamente 243 mil mortos. É impossível projetar e saber com precisão quantas mortes acontecerão no Brasil pela Covid-19, mas com a situação atual, onde existe um crescimento significativo de casos e mortes, as mortes pela Covid-19 vão com certeza superar as da Gripe Espanhola.

    Esses números mostram como a situação é grave, difícil e incerta. Essa situação demanda que as pessoas se cuidem cada vez mais até que uma solução chegue e essa solução da Covid-19 depende das vacinas e programas de vacinação eficazes. Felizmente essa realidade parece próxima.

    Esse período do Natal e Ano Novo combina sentimentos especiais. O Natal realça a importância da família, das amizades, do cuidado e da cooperação. O Ano Novo traz a esperança de transformação, mudanças rápidas e dias melhores, mas nesse momento, esses dias melhores e especiais que buscamos vão depender muito mais de ações do que de orações e promessas. Cada um vai ter que buscar o equilíbrio ideal para si e para os que com ele se relaciona, mas seja qual for esse equilíbrio, cuidados que diminuam o risco de transmissão da Covid-19 são fundamentais.

    Momentos como o atual demandam dos dirigentes, humanidade e nobreza, características que não existem quando posições pessoais e políticas são definidas como uma prioridade. Sempre é tempo para colocar o bem estar e a qualidade de vida da sociedade e dos cidadãos como a razão maior dos governantes e governos. Precisamos disso muito rápido.

    Que o Natal traga paz e resistência para que possamos passar por esses momentos difíceis, e que nos dê também a sabedoria para que consigamos encontrar as melhores soluções o mais rápido possível.

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