Fiocruz: vacinação no Brasil vai acabar em 2024 mantendo o ritmo atual
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta que menos de 3% dos brasileiros foram vacinados e, se mantido o ritmo atual, o País conseguirá imunizar todos os brasileiros acima de 18 anos apenas em 2024
247 - A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) disse que, se mantido o atual ritmo de vacinação contra o coronavírus, o País conseguirá imunizar os 160 milhões de brasileiros acima de 18 anos apenas em meados de março de 2024 - aqueles que têm menos de 18 anos não estão sendo vacinados.
A previsão é do Monitora Covid-19, portal de acompanhamento da evolução da doença no Brasil mantido pela instituição. Foram usados números atualizados até as 22h de quinta-feira (11). Cálculos do portal apontaram que menos de 3% dos brasileiros foram vacinados.
De acordo com o vice-diretor do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde da Fiocruz, Christovam Barcellos, que coordena o Monitora Covid-19, o Brasil ainda tem "um gargalo de chegadas de vacinas aqui no Brasil". A informação foi publicada pela CNN Brasil.
"A produção aqui no Brasil vai aumentar, é claro, via Fiocruz, mas o ritmo é muito lento. Estamos em uma reta, que tende a crescer quando começarmos a vacinar pessoas de 70, 60 anos", afirmou.
O microbiologista da Universidade de São Paulo (USP) Luiz Gustavo de Almeida já havia informado que, no caso das pessoas acima de 18 anos, todas elas serão vacinadas apenas em 2025. O microbiologista é taxativo: "Já em plena pandemia de covid, conseguimos vacinar 54 milhões de pessoas contra a gripe em cem dias, sem grandes esforços. No caso da Covid, deveríamos conseguir no mínimo o mesmo número; idealmente mais, se abríssemos postos de vacinação em estádios e escolas."
Segundo o médico Drauzio Varella, as estratégias de vacinação no Brasil viraram uma "bagunça". Ele também afirmou que o Ministério da Saúde, comandado pelo general Eduardo Pazuello, está "fragilizado" e é "dirigido por amadores".
Atualmente, o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking global de casos da Covid-19 (9,8 milhões), atrás de Índia (10,9 milhões) e Estados Unidos (28,1 milhões). O governo brasileiro também registra a segunda maior quantidade de mortes provocadas pela pandemia.
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