Incidência de covid-19 bate novo recorde na Alemanha e país vive pandemia dos não vacinados
O ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, afirmou que o país já entrou na quarta onda da pandemia de covid-19 e que, no momento, o país vive uma "pandemia dos não vacinados"
Opera Mundi - Nesta segunda-feira, membros do Partido Social-Democrata (SPD), do Partido Verde e do Partido Liberal Democrático (FDP) trabalharam num novo projeto de lei visando discuti-lo no Bundestag (Parlamento alemão) na próxima quinta-feira.
Os planos em discussão incluem a reintrodução do teste gratuito para covid-19. O projeto de lei prevê também testes diários obrigatórios para funcionários e visitantes de lares de idosos, independentemente se foram vacinados ou não. Prevê ainda a reintrodução da chamada "taxa de coronavírus" paga pelo Estado aos hospitais que mantêm alguns de seus leitos de terapia intensiva livres para pacientes com covid-19.
Além disso, os médicos devem escrever a todos os seus pacientes idosos uma recomendação por uma dose de reforço da vacina contra a covid-19. E, por fim, o projeto de lei quer que os pais adquiram uma licença adicional no trabalho caso seus filhos contraiam o vírus, tenham que ficar em quarentena ou se as creches forem forçadas a fechar devido a infecções.
Por outro lado, os três partidos optaram por não introduzir a vacinação obrigatória para todos os adultos, embora uma pesquisa divulgada na semana passada tenha mostrado pela primeira vez que a maioria dos alemães (57%) é a favor da imunização compulsória. A obrigatoriedade é considerada altamente controversa e provavelmente resultaria em uma enxurrada de queixas jurídicas no Tribunal Constitucional da Alemanha.
Pandemia dos não vacinados
Na semana passada, o ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, afirmou que o país já entrou na quarta onda da pandemia de covid-19 e que, no momento, o país vive uma "pandemia dos não vacinados".
Uma pesquisa recente aumentou essas preocupações, ao revelar que 65% dos não vacinados não pretendem receber a vacina contra o coronavírus nos próximos dois meses. Outros 23% afirmaram que "provavelmente não o farão". Apenas 2% disseram que planejam tomar a vacina, mas ainda não conseguiram.
Especialistas consideram, no entanto, que agora o sistema de saúde seja capaz de suportar mais infecções do que antes da vacinação, pois os imunizantes oferecem alta proteção contra casos graves da covid-19. Mesmo assim, médicos temem que, se a tendência de alta nos casos se mantiver, o número de pacientes internados em UTIs devido à covid-19 dobre nas próximas semanas.
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