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    Auditor do TCU diz que seu documento sobre números da Covid era para estudo interno e que Bolsonaro foi "irresponsável"

    "Minha indignação foi pelo fato de ter atribuído ao TCU um documento que não era do tribunal, um documento não conclusivo. Achei irresponsável", afirmou o auditor do TCU Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques à CPI da Covid após Jair Bolsonaro atribuir ao órgão números distorcidos sobre a quantidade de mortes causadas pela pandemia no Brasil

    Alexandre Marques (Foto: Pedro França/Agência Senado)
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    247 - Em depoimento à CPI da Covid, nesta terça-feira (17), o auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques afirmou ter sido "irresponsável" o posicionamento de Jair Bolsonaro de atribuir ao órgão um relatório apontando que 50% das mortes por Covid-19 em 2020 não foram pela doença.

    "Minha indignação foi pelo fato de ter atribuído ao TCU um documento que não era do tribunal, um documento não conclusivo. Achei irresponsável", disse. "Eu produzi um arquivo em word que não era conclusivo. Foi para gerar uma discussão na equipe de auditoria", acrescentou.

    De acordo com o auditor, o documento "não era um relatório do TCU, era apenas um resumo em word". "O material foi usado indevidamente pelo fato de se atribuir ao Tribunal de Contas da União um arquivo que não era conclusivo", continuou.

    O depoente afirmou ter enviado o arquivo em word somente para o próprio pai, o coronel reformado Ricardo Silva Marques, colega de Bolsonaro na turma de 1977 da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). 

    "Depois de trabalhar no arquivo Word, encaminhei-o ao meu pai via WhatsApp. Assim que ele viu a compilação de informações, perguntou qual era a fonte. E eu respondi que era eu, eu tinha compilado essas informações da internet. E logo em seguida mudamos de assunto", contou.

    O auditor afirmou que o pai dele só enviou o arquivo para Bolsonaro. De acordo com o depoente, seu pai confirmou que não adulterou o documento. Marques não soube responder quem poderia ter feito alterações no arquivo.

    Assista à CPI pela TV 247: 

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