CPI da Covid ouve nesta sexta às 14h os irmãos Miranda sobre corrupção na compra da vacina Covaxin
Expectativa dos senadores é de que deputado Luis Miranda e seu irmão Luis Ricardo Miranda, que é servidor do Ministério da Saúde, esclareçam sobre denúncia em torno da compra da Covaxin. Sessão começa 14h
247 - A CPI da Covid vive a expectativa dos depoimentos, marcados para esta sexta-feira (25) às 14h, do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e do seu irmão Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde. Eles apontaram irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin. Para membros da CPI, tanto da oposição quanto da base do governo, a oitiva deverá trazer luz sobre o caso e determinar se ele dará o tom das investigações, informa a Agência Senado..
O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou nesta quinta-feira (23) que, com a denúncia, a comissão “entrou numa fase nova”, que a coloca no tema da corrupção. Para ele, no entanto, a história ainda é “obscura” e os depoentes precisarão apresentar os detalhes que ainda não anteciparam.
"Nós sabemos de muita coisa e, ao mesmo tempo, não sabemos de nada. Um dos aspectos da exposição deles vai ser apresentar a cronologia dos fatos. Ainda não tivemos acesso a isso e é bom que os depoentes falem livremente amanhã [sexta]. A CPI convocou primeiro o servidor porque ele prestou depoimento ao Ministério Público Federal, e em seguida o deputado se dispôs a vir como convidado. É isso que os traz. Espero que ambos esclareçam os fatos", afirma Randolfe.
O senador da Rede também disse que a CPI vai precisar rever o seu calendário para acomodar eventuais novos depoimentos sobre esse caso. A princípio, a comissão tem prazo de funcionamento até o dia 7 de agosto. Ela pode ser prorrogada por requerimento que tenha o apoio de no mínimo 27 senadores. "Não podemos deixar sem resposta este escândalo e outros que possam surgir", disse.
O senador Humberto Costa (PT-PE) elencou várias perguntas que ele espera ver respondidas nos depoimentos dos irmãos Miranda. Para ele, o assunto não se encerrará depois da audiência, mas poderá tomar uma “dimensão grande” e a CPI terá informações para conduzir uma investigação mais embasada.
"Por que [a empresa que fez a intermediação da compra da Covaxin] tinha que ser uma que já passou calote no ministério? Por que outras vacinas tiveram que esperar meses e essa precisou de cerca de 90 dias? Por que o governo condicionou assinar contratos à aprovação da Anvisa, mas nesse caso assinou sem que a aprovação tivesse acontecido? Por que houve pressão pela aquisição dessa vacina e não houve para as demais? Certamente não serão eles que vão esclarecer, mas vão poder trazer algumas luzes", afirma o senador petista.
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