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    Diretor da Prevent diz que familiares tinham conhecimento sobre indicação do “kit covid”

    Pedro Benedito Batista Júnior disse que pacientes e familiares sabiam da administração da hidroxicloroquina: “Quando foram feitos estudos todos os pacientes receberam termo devidamente esclarecido”

    Pedro Benedito Batista Júnior (Foto: Reprodução | Divulgação)

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    247 - Em depoimento à CPI da Covid nesta quarta-feira (22), o diretor da Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior, disse que as drogas do “kit covid” (sem nenhuma comprovação científica para o tratamento da doença) receitadas pelos médicos do plano de saúde, eram de conhecimento dos pacientes e familiares.

    O relator da CPI, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), questionou o depoente quais foram os estudos realizados pela operadora de saúde para chegar à prescrição de drogas como a cloroquina. 

    Segundo Batista, não houve testagem em massa. “A aplicação da medicação se dá pela equipe médica e sua autonomia para prescrever medicações", declarou o diretor da Prevent Senior.

    Questionado mais uma vez pelo senador, sobre a validade de um estudo feito pela empresa e considerado desacreditado pela comunidade científica internacional, o diretor da Prevent Senior destacou que "essa observação dos 630 pacientes não foi um estudo. Nunca foi publicado. Por isso foi desacreditado", assumiu Batista. 

    Após ser perguntado se os fatores de risco dos pacientes foram avaliados antes da prescrição de cloroquina, Batista atribuiu aos médicos a responsabilidade: "cada uma das prescrições foi feita pelo médico em conversa com seus pacientes".

    A Prevent Senior é acusada de forçar médicos a assinar documento onde se responsabilizam por receitarem cloroquina por conta própria. A advogada que atende o grupo de médicos que fez a denúncia ao Sindicato dos Médicos do Estado de SP (Simesp), Bruna Morato, relatou em reunião restrita com membros da CPI que o seu escritório em Guarulhos, foi "estranhamente" invadido e roubado em abril deste ano.

    No boletim de ocorrência, a advogada declarou que foram furtados um notebook e um Ipad, que era usado para gravar entrevistas com seus clientes.

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