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    Documentos provam que as agressões de Bolsonaro à China colocaram em risco a oferta de vacinas ao Brasil

    Carta da SinoVac deixou claro que Brasil não teria mais insumos se Jair Bolsonaro seguisse agredindo a China, maior parceiro comercial do Brasil, para agradar a extrema-direita estadunidense

    Jair-Bolsonaro-vacina-China-CoronaVac (Foto: ABR/Reuters)

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    247 – A subordinação de Jair Bolsonaro aos interesses da extrema-direita estadunidense, que o levou a atacar a China de maneira recorrente, causou danos irreparáveis ao Brasil. Além de agredir o maior parceiro comercial do Brasil, a atuação de Bolsonaro retardou e colocou em risco a continuidade da oferta de vacinas ao Brasil, levando o Brasil a registrar quase 500 mil mortes por covid-19. É o que prova reportagem de Natália Portinari e Julia Lindner, publicada hoje no Globo.

    "Quinze dias após o presidente Jair Bolsonaro fazer novos ataques à China, em maio deste ano, a farmacêutica SinoVac cobrou uma mudança de posicionamento do governo para garantir o envio de insumos ao Instituto Butantan para a produção da vacina CoronaVac. A informação consta em documento sigiloso do Itamaraty enviado à CPI da Covid", aponta a reportagem. "O ofício reproduz uma carta enviada pela Embaixada do Brasil em Pequim ao Ministério das Relações Exteriores (MRE) com o relato de uma reunião ocorrida em 19 de maio na capital chinesa entre diplomatas e representantes brasileiros com o presidente da SinoVac, Weidong Yan."

    O executivo, segundo o relato oficial, pediu uma mudança no posicionamento político do Brasil para que houvesse uma relação “mais fluida” entre os países e “fez questão de ressaltar a importância do apoio político para a realização das exportações, e mesmo a possibilidade de tratamento preferencial a determinados países”, relatam ainda as jornalistas. O material desmonta a tese de que as falas preconceituosas de Bolsonaro não tiveram impacto nas negociações com a China.

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