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    Investigado pela CPI, FIB Bank foi usado por igreja de pastor bolsonarista para arrastar dívida de R$ 12,2 milhões

    Igreja Mundial do Poder de Deus, do pastor bolsonarista Valdemiro Santiago, utilizou a garantidora - que é investigada pela CPI por irregularidades no contrato de compra da vacina Covaxin - para arrastar uma dívida cobrada na Justiça de São Paulo

    (Foto: Marcos Corrêa/PR | Edilson Rodrigues/Agência Senado | Reprodução)
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    247 - Investigada pela CPI da Covid, o FIB Bank Garantias foi utilizada pelo pastor bolsonarista Valdemiro Santiago, líder da Igreja Mundial do Poder de Deus, para arrastar uma dívida de R$ 12 milhões cobrada na Justiça paulista. A igreja mantém uma parceria com a Rede Brasil de Televisão para veiculação de conteúdo religioso  e o dono da emissora, o empresário Marcos Tolentino da Silva, é apontado em diversas ações judiciais como sócio oculto do FIB Bank.

    A garantidora é investigada pela CPI em função de uma garantia de R$ 80,7 milhões em um contrato firmado entre a Precisa Medicamentos e o Ministério da Saúde para a compra da vacina indiana Covaxin.

    De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo, uma carta de fiança emitida pela FIB, que foi utilizada pela igreja, era inidônea e não possuía lastro financeiro para o pagamento da dívida. Segundo a FIB Bank, como a carta foi rejeitada pela Justiça, o documento apresentado pela instituição religiosa foi cancelado. Em 2017, a Igreja Mundial do Poder de Deus assinou um instrumento particular de confissão de dívida reconhecendo um débito de R $12,2 milhões à empresa SM Comunicações.

    A igreja teria apresentado uma carta de fiança emitida pelo FIB Bank para postergar e cobrir o pagamento da dívida. “Primeiro, o documento não cobria o valor da dívida. Uma segunda carta foi apresentada, com valor ampliado para R$ 23,5 milhões. No curso do processo, a Igreja Mundial do Poder de Deus apresentou uma carta de fiança emitida pelo FIB Bank para postergar e cobrir o pagamento da dívida. Primeiro, o documento não cobria o valor da dívida. Uma segunda carta foi apresentada, com valor ampliado para R$ 23,5 milhões”, ressalta a reportagem. 

    A  nova carta de fiança foi apresentada por dois escritórios de advocacia, sendo que um deles tem Marcos Tolentino como sócio. O outro escritório é ligado ao advogado Felício Valarelli Júnior, que assinou o  estatuto social da constituição do FIB Bank em 2016.O  presidente formal do FIB Bank, Roberto Pereira Ramos Júnior prestará depoimento à CPI da Covid nesta quarta-feira (25). Os senadores que integram o colegiado suspeitam que o executivo seja somente um preposto no cargo.

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