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    Mensagens mostram que Dominghetti recebeu informações do "gabinete" de Bolsonaro

    O policial militar que negociou a venda de 400 milhões de doses de vacina com o governo brasileiro disse ainda ao CEO da Davati Medical Supply, Cristiano, que estava perto de se encontrar com Jair Bolsonaro

    CPI da Covid / Jair Bolsonaro (Foto: Agência Senado / PR)

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    247 - O material extraído pela CPI da Covid do celular do policial militar Luiz Paulo Dominghetti, que se disse representante da Davati Medical Supply, empresa que teria oferecido ao Brasil 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19, faz referência a Jair Bolsonaro.

    De acordo com o conteúdo, Dominghetti teria recebido informações privilegiadas diretamente do gabinete de Bolsonaro sobre a negociação de vacinas pelo governo federal.

    Em 9 de março, Dominghetti escreve ao CEO da Davati, Cristiano: "já me posicionaram aqui. Amanhã até 12h passam o e-mail a ele. Só a quantidade que não tem ainda".

    Cristiano, então, tenta saber a origem da informação: "informação do Blanco, posso dizer?”, escreve ele, em referência ao tenente-coronel do Exército Marcelo Blanco. O militar, segundo depoimentos, teria presenciado a reunião em que o ex-diretor do Ministério da Saúde, Roberto Dias, teria pedido propina para fechar a compra da vacina pela Davati.

    “Gabinete da Presidência da República. Melhor que ele”, responde Dominghetti. Em 13 de março, o policial diz a Cristinao que estava próximo de conseguir um encontro com Bolsonaro. "Estão viabilizando sua agenda com o presidente". 

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