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Movimentação de R$ 1 milhão liga dono da Precisa a empresário suspeito de corrupção

Relatório do Coaf enviado à CPI da Covid apontou como atípico o pagamento da 6M Participações, controlada por Francisco Maximiano, a uma firma do empresário Helder Rodrigues Zebral, ex-dono da churrascaria Porcão

Francisco Maximiano e Helder Rodrigues Zebral (Foto: Reprodução)

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247 - Uma movimentação financeira de R$ 1 milhão liga Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos - investigada pela CPI da Covid por suspeitas de irregularidades e corrupção no contrato para a compra da vacina indiana Covaxin -  a um empresário suspeito de pagar propinas a políticos. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, Um relatório financeiro do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), enviado à CPI da Covid, apontou como atípico o pagamento da 6M Participações, controlada por Maximiano, a uma firma do empresário Helder Rodrigues Zebral, ex-dono da churrascaria Porcão. Zebral já foi por improbidade administrativa.

“Despertou nossa atenção o fato de a empresa ter transacionado valores expressivos com contrapartes que, aparentemente, não possuem vínculo com sua atividade e que estão localizadas em região distante do local de atuação”,  destaca o Coaf no relatório. A 6M Participações foi criada em 2012 e é registrada na Receita Federal como uma controladora de instituições não-financeiras, entre 1º de setembro do ano passado e 28 de fevereiro deste ano.

Ainda conforme a reportagem, A 6M recebeu, em 6 meses, R$ 33,3 milhões em crédito e registrou R$ 33,2 milhões em débitos. Uma das movimentações, no valor de R$ 994 mil, foi um pagamento feito à  Fênix Cobrança e Assessoria Financeira, criada no segundo semestre de 2020 por Nilvan Rodrigues Zebral, irmão de Helder Zebral. A Fênix, localizada em Goiás, possui capital social de R$ 30 mil.Uma outra firma, A JP Cobrança e Assessoria Financeira, localizada na mesma rua da Fênix, em Luziânia, entrou na mira da CPI da Covid por ter negociado diretamente com a Precisa Medicamentos.

Helder Zebral disse que o repasse seria o pagamento de um empréstimo e negou ter relação com a compra de  vacinas, com o Ministério da Saúde e com Maximiano. “Não foi porque teve problema no ministério que vou matar o cara. Se os donos da empresa avaliarem que ele tem crédito e pode pagar, não tem problema”, disse comentou. “Ele deu garantia real, que é um apartamento em São Paulo. Se ele não paga, perde o apartamento. O cara é bom cliente”, completou. 

A reportagem destaca que “uma suposta tomada de empréstimo semelhante foi citada na investigação que levou à cassação do ex-governador do Tocantins Marcelo Miranda (MDB), em 2018, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”. Segundo o Ministério Público Eleitoral, o empresário Douglas Marcelo Alencar Schimitt,  “captou R$ 1.505.937,20 por meio de cheques emitidos pela empresa Geopetros Geovani Petróleo e endossados por uma Factoring pertencente aos filhos de Helder Zebral”.

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