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    'Mudanças no relatório sugerem pena de 30 anos para Bolsonaro', diz Renan Calheiros

    O relator explicou que o indiciamento de Bolsonaro por genocídio "não foi retirado", e sim "trocado por mais um indiciamento, de crimes contra a humanidade"

    Renan Calheiros e Bolsonaro discursando na ONU (Foto: Pedro França/Agência Senado | REUTERS/Eduardo Munoz/Pool)

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    247 - O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou a jornalistas nesta quarta-feira (20) antes do início da sessão do colegiado que o relatório final da comissão sugere uma pena de 30 anos para Jair Bolsonaro.

    Questionado sobre a retirada do pedido de indiciamento do chefe do governo federal pelo crime de genocídio, o relator explicou que isto não foi subtraído, mas sim alterado para crime contra a humanidade. "Não foi retirado, foi trocado por mais um indiciamento, de crimes contra a humanidade. Ele será indiciado por crimes contra a humanidade na questão da Prevent Senior, de Manaus e também dos povos indígenas". 

    Ele confirmou, no entanto, a retirada do pedido de indiciamento por homicídio. "O que foi retirado foi o crime de homicídio. Nos rendemos aos argumentos técnicos do senador Alessandro Vieira, e eu concordo com eles. E aproveitei a oportunidade para agravar ainda mais esse crime, qualificá-lo ainda mais porque estende sua pena para 30 anos".

    "Eu concordei com as mudanças, todos nós fizemos concessões", declarou o relator.

    Renan já aproveitou também para colocar pressão sobre o procurador-geral da República, Augusto Aras, que terá a responsabilidade de dar andamento nos processos após o término da CPI. "As consistências jurídicas estão todas postas, e o PGR tem o dever de observar tudo que foi investigado pela CPI. É dever. É dever".

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