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    Pazuello busca isentar Bolsonaro de responsabilidade por cancelar compra da CoronaVac

    "Uma postagem na internet não é uma ordem. Uma ordem é falada ou escrita. Nunca foi dada ordem", defendeu Pazuello, após ser questionado sobre declarações de Jair Bolsonaro nas redes contra a CoronaVac

    O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello em depoimento na CPI da Covid no Senado nesta quarta-feira (19) (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

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    247 - Em depoimento na CPI da Covid no Senado nesta quinta-feira (19), o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello buscou isentar Jair Bolsonaro de sua responsabilidade pela falta de vacinas. 

    Questionado sobre um vídeo gravado em outubro de 2020, onde o general aparece ao lado de Bolsonaro dizendo "um manda e o outro obedece" e o fato de, poucos dias antes, Bolsonaro ter cancelado o protocolo de intenção de compra de 46 milhões de doses da vacina chinesa contra a Covid-19, a Coronavac, Pazuello respondeu: 

    "É apenas um jargão militar. Nunca o presidente mandou desfazer nenhum contrato".

    Para ele, os posicionamentos de Bolsonaro são de um "agente político": "Ele se posiciona como agente politico. Essa posição não interferiu em nada com o Butantan. Tivemos reuniões semanalmente com o Butantan. Nunca falou que eu nunca comprasse do Butantan. Ele falou publicamente, não para mim".

    "Aquilo foi apenas uma posição do agente político na internet. Não havia compra, não havia contrato. Havia intenção de compra. Uma postagem na internet não é uma ordem. Uma ordem é falada ou escrita. Nunca foi dada ordem", defendeu Pazuello.

    Em 21 de outubro de 2020, Jair Bolsonaro disse em seu Facebook que havia mandado cancelar a compra da CoronaVac, envasada no Instituto Butantan, em São Paulo.

    "Tudo será esclarecido hoje. Tenha certeza, não compraremos vacina chinesa. Bom dia", disse o presidente na época, respondendo a uma internauta. 

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