Witzel diz que hospitais federais do Rio "têm dono" e que quebra de sigilos irá mostrar quem são eles
Ex-governador afirmou que Organizações Sociais que atuam em hospitais do estado financiaram o seu impeachment e diz que elas são ligadas às milícias. No depoimento, ele deu uma pista sobre quais milícias podem estar envolvidas: “Depois da minha saída, Queiroz começou a frequentar o palácio Guanabara"
247 - Em depoimento à CPI da Covid na manhã desta quarta-feira (16) no Senado, o ex-governador do Estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, afirmou que ele e sua família correm risco de vida e que seu impeachment foi financiado por uma máfia na área de saúde."Eu corro risco de vida. A máfia da saúde tem milicianos envolvidos”, disse Witzel em depoimento à CPI.
"O meu impeachment foi financiado por estas OSs e alguém recebeu este dinheiro", afirmou Witzel. Ele sugeriu à Comissão a quebra de sigilo fiscal e bancário de organizações sociais (OSs) que operam na área da saúde.
Witzel apontou para o clã Bolsonaro: “Depois da minha saída, Queiroz começou a frequentar o palácio Guanabara. A filha dele foi nomeada para um cargo. Tem foto dele no estacionamento do palácio, foi publicado pela imprensa. No meu governo ele nem passou perto”.
O ex-governador disse ainda que as investigações sobre irregularidades em contratos com OSs foram interrompidas após o encerramento do processo que o tirou do comando do estado.
Witzel informou ainda que tem intenção de sair do país, pois teme por sua vida e de sua família.
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