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Artistas e intelectuais lançam manifesto por voto em Boulos

De acordo com as personalidades que assinaram o documento, é necessário evitar um segundo turno entre dois bolsonaristas na eleição municipal de São Paulo

Guilherme Boulos (Foto: Raffa Neddermeyer/ABr)

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247 - Um grupo formado por artistas, intelectuais, jornalistas, empresários e juristas lançou, nesta segunda-feira (30), um manifesto defendendo o voto em Guilherme Boulos (Psol) para evitar que o segundo turno das eleições para a Prefeitura de São Paulo seja disputado por dois bolsonaristas. De acordo com a pesquisa Datafolha, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) registrou 27% das intenções de voto, seguido por Boulos (25%) e Pablo Marçal (PRTB), com 21%. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Segundo o manifesto, a frente ampla "que impediu" Jair Bolsonaro (PL) de se reeleger em 2022 "precisa se levantar novamente para evitar que este segundo turno de consagração do bolsonarismo aconteça". "A situação de São Paulo — a maior cidade do país — é especialmente preocupante, pois estamos diante do risco de dois candidatos bolsonaristas passarem ao segundo turno: Pablo Marçal e Ricardo Nunes", diz a carta aberta. O teor do texto foi publicado na coluna de Mônica Bergamo.

"Um resultado como este representaria a consagração, pelo voto popular, da violência política, da defesa da tortura, do negacionismo científico, da destruição de direitos, do descaso com os mais pobres, do desprezo pela cultura, pelas minorias e pela democracia, além de um vasto programa de destruição do meio ambiente."

Assinaram o documento nomes como Alexandre Martins Fontes, André Abujamra, André Singer, Arnaldo Antunes, Arrigo Barnabé, Beatriz Bracher, Bernardo Carvalho, Bob Wolfenson, Celso Antonio Bandeira de Mello, Carla Camuratti, Denise Fraga, Eugênio Bucci, Fernando Limongi, Fernanda Diamant, Fernando Meirelles, Ivo Herzog, José Miguel Wisnik, Juca Kfouri, Luiz Schwarcz, Lilia Schwarcz, Maria Cristina Mendonça de Barros, Milton Hatoum, Marilena Chauí, Nando Reis, Raí, Renato Janine Ribeiro, Roberto Schwarz, Sidarta Ribeiro e Zeca Camargo.

Leia abaixo a íntegra do manifesto:

"Em poucos dias iremos às urnas para definir o futuro das nossas cidades. Serão as primeiras eleições após o Brasil ter vivido uma das jornadas democráticas mais importantes de sua história: a construção de uma ampla frente em defesa da democracia nas eleições presidenciais de 2022.

A vitória foi grande, mas não definitiva. O bolsonarismo se reorganizou e continua ativo, sem recuar um milímetro em seu programa, cujo cerne é destruir os direitos mais básicos da república brasileira.

Neste exato momento, bolsonaristas de todo o país se articulam para transformar o próximo domingo em um momento de virada, que elegeria candidatos bolsonaristas em muitas capitais do país. Esse bloco antidemocrático tem dois objetivos: dar uma grande demonstração de força e colocar as máquinas de muitas prefeituras importantes a serviço da candidatura presidencial do bolsonarismo em 2026.

A situação de São Paulo — a maior cidade do país — é especialmente preocupante, porque estamos diante do risco de dois candidatos bolsonaristas passarem ao segundo turno: Pablo Marçal e Ricardo Nunes. Um resultado como esse representaria a consagração, pelo voto popular, da violência política, da defesa da tortura, do negacionismo científico, da destruição de direitos, do descaso com os mais pobres, do desprezo pela cultura, pelas minorias e pela democracia, além de um vasto programa de destruição do meio ambiente.

A frente ampla que impediu Bolsonaro de permanecer no poder precisa se levantar novamente para evitar que este segundo turno de consagração do bolsonarismo aconteça.

Quando olhamos para as pesquisas, fica evidente que o candidato que reúne as melhores condições de evitar o desfecho trágico de um segundo turno entre dois bolsonaristas é Guilherme Boulos. Parte dos signatários deste manifesto tem preferência por outras candidaturas e só votaria em Boulos no segundo turno, mas reconhece que estamos diante de um risco que o país não pode correr.

Diante disso, fazemos um chamado a todas as pessoas comprometidas com a empatia, a democracia, a humanidade e o futuro para que votemos, já neste domingo, em Guilherme Boulos."

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