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    Associações de cineastas criticam gestão do MinC em carta a Lula

    Carta de associações e sindicatos aponta falta de visão estratégica para o audiovisual e alerta para impactos no mercado e nos trabalhadores

    Fachada do prédio do Ministério da Cultura (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

    247 - Sete associações e sindicatos que representam profissionais do setor audiovisual enviaram, nesta sexta-feira (15), uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apontando dificuldades enfrentadas pela área e criticando a condução das políticas culturais pela atual gestão do Ministério da Cultura (MinC). A cantora Margareth Menezes, ministra da pasta, não é mencionada nominalmente no documento. As informações são da jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna no jornal Folha de S.Paulo.

    A carta, assinada por entidades como a Associação Brasileira dos Autores Roteiristas (Abra) e a Associação Brasileira de Cineastas (Abraci), inicia destacando a ausência de uma política pública que reconheça o audiovisual como uma indústria estratégica. "A ausência de uma política que reconheça o setor audiovisual como uma atividade industrial estratégica está colocando as empresas do setor em uma situação de desvantagem no mercado global, e afetando os trabalhadores, técnicos, talentos criativos, roteiristas", afirmam as entidades.

    Falta de estratégia e impactos no mercado

    O documento enfatiza que a falta de visão estratégica tem prejudicado tanto empresas quanto trabalhadores do setor, colocando-os em desvantagem diante da concorrência global. Além disso, as associações destacam que o audiovisual, além de ser uma expressão artística, é uma indústria relevante para a economia e a cultura nacional, exigindo atenção e investimentos do governo.

    Entre os signatários estão também a Associação Brasileira de Animação (Abranima), a Associação Brasileira de Empresas Desenvolvedoras de Jogos Digitais (Abragames) e os sindicatos que representam trabalhadores em estados como São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.

    Reação do governo

    Procurado, o Ministério da Cultura afirmou que não se pronunciará sobre o conteúdo do documento, uma vez que a carta foi endereçada diretamente ao presidente Lula e não à pasta. Apesar do silêncio oficial, a movimentação das entidades aponta para um crescente descontentamento com a atuação do ministério no setor.

    Audiovisual como motor cultural e econômico

    O audiovisual é frequentemente destacado como uma das principais ferramentas de difusão cultural do Brasil no exterior e uma indústria em expansão, com impacto na geração de empregos e na economia criativa. No entanto, as associações argumentam que a falta de políticas consistentes coloca o país em desvantagem no cenário internacional e compromete a sustentabilidade do setor.

    As reivindicações agora dependem da resposta do governo federal, que deverá decidir se irá incorporar as demandas apresentadas ao planejamento cultural nacional. Para os signatários, o reconhecimento do audiovisual como uma indústria estratégica é o primeiro passo para fortalecer a cadeia produtiva e recuperar a competitividade do Brasil no mercado global.

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