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    Dia do Cinema Brasileiro: BNDES retoma apoio ao audiovisual com R$ 400 mi em recursos de fundo setorial

    Nova linha de crédito do FSA tem como foco gargalos de produção e exibição, como infraestrutura, inovação, acessibilidade e fortalecimento empresarial

    Aloizio Mercadante em evento do Dia do Cinema Brasileiro (Foto: Reprodução/YouTube)

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    247 - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) retoma o apoio à indústria audiovisual com o lançamento do Programa BNDES FSA Audiovisual, anunciada nesta quarta-feira (19), em cerimônia com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no Rio de Janeiro (RJ). A nova linha de crédito, elaborada em conjunto com o Ministério da Cultura e com a Ancine, terá um orçamento inicial de R$ 400 milhões e se insere em um conjunto mais amplo de ações do Governo Federal para fomentar o desenvolvimento do setor audiovisual no país. Os recursos da linha são oriundos do Fundo Setorial do Audiovisual.

    O objetivo do programa é induzir investimentos e potencializar o mercado de crédito para o setor audiovisual, com foco de atuação nos principais gargalos de produção e de exibição, como infraestrutura audiovisual, inovação e acessibilidade, bem como no fortalecimento empresarial em todos os elos da cadeia.

    “Com o programa, o BNDES retoma o apoio à indústria audiovisual, setor que voltou a ser tratado como fundamental para o país com o governo do presidente Lula. Vamos apoiar os planos de negócios das empresas, com ênfase no desenvolvimento, na produção, na retenção de propriedade intelectual e na distribuição de conteúdo”, explica o presidente da instituição, Aloizio Mercadante.

    O programa do BNDES, que tem como público-alvo empresas de controle nacional, aprovará projetos com valor mínimo de R$ 10 milhões em custo financeiro básico a TR (taxa referencial), de empresas de todos os segmentos da cadeia do audiovisual. Além de propiciar o acesso direto ao BNDES, o programa também contempla flexibilidade de- margem e garantias adaptados às características do setor. Projetos de menor porte poderão também ser apoiados por meio do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).

    MODALIDADES – Serão oferecidas três modalidades de crédito: Projetos de Infraestrutura (financiar a aquisição, implantação e expansão de ativos de infraestrutura das empresas); Projetos de Inovação e Acessibilidade (financiar investimentos em inovação ou acessibilidade); e Conteúdo e Comercialização (financiar planos de negócios para fortalecimento das empresas, com foco em desenvolvimento, produção, comercialização e internacionalização de conteúdos audiovisuais brasileiros, incluindo jogos eletrônicos, além de capacitação das empresas e profissionais).

    HISTÓRICO DE APOIO – Entre 2006 e 2018, com o lançamento do Programa BNDES para o Desenvolvimento da Economia da Cultura (Procult), foram investidos R$ 650 milhões. Desse total, 30% destinaram-se a produtoras e distribuidoras de conteúdo e 70% para infraestrutura audiovisual, majoritariamente, salas de cinema.

    Foram mais de 80 filmes e séries apoiados, totalizando um investimento de R$ 196 milhões. No segmento de animação, o financiamento do BNDES permitiu a produção de 806 episódios, de 21 séries, além de dois longas-metragens.

    O BNDES também financiou a implantação de 343 novas salas de cinema, o que corresponde a aproximadamente 80 mil assentos novos ou reformados. Os recursos também permitiram a digitalização de 1.065 salas do parque exibidor nacional. Esse apoio alcançou mais de 40 municípios diferentes, dos quais 80% localizados no interior do Brasil, contribuindo para desconcentração regional e a democratização do acesso à cultura.

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