Entenda o que é a cirurgia de amputação do reto feita pela cantora Preta Gil

247 - A cantora Preta Gil revelou recentemente que precisou retomar o tratamento contra o câncer, após uma recidiva do tumor. Em uma entrevista ao Fantástico, exibida pela TV Globo no último domingo (8), Preta falou abertamente sobre os desafios enfrentados, incluindo a cirurgia de amputação do reto, uma das etapas mais difíceis de sua luta contra a doença.

Após iniciar uma nova rodada de quimioterapia, Preta destacou o desgaste físico e emocional que o tratamento impõe, mas também ressaltou a importância de manter-se conectada com seu público e com aqueles que a apoiam. "É muito exaustivo, mas tenho muita vontade de continuar falando com as pessoas que me cercam e me mandam tantas energias positivas", afirmou a cantora.

Durante a conversa, Preta detalhou a cirurgia que foi necessária para remover o tumor, que estava localizado em uma área crítica do reto, próxima ao esfíncter, a musculatura do ânus. “Foi um desafio para meus cirurgiões realizarem a amputação sem comprometer o esfíncter, mas eles conseguiram. No entanto, enfrentei complicações e precisei usar uma bolsa de ileostomia por três meses”, contou. Desde a cirurgia, Preta tem feito fisioterapia para reaprender a controlar as funções intestinais e enfrenta a incontinência fecal como uma das sequelas.

O que é a amputação do reto?

A amputação do reto é uma cirurgia necessária em alguns casos de câncer que afetam a porção final do intestino grosso. O procedimento visa retirar o tumor e, em situações mais complexas, como a de Preta Gil, pode envolver a preservação do esfíncter. A operação é realizada através de uma incisão na região do períneo e pode durar de duas a três horas, dependendo da gravidade do caso.

De acordo com o cirurgião oncológico Rodrigo Nascimento Pinheiro, da rede Oncoclínicas em Brasília, a cirurgia é fundamental no tratamento de muitos pacientes. “Existem diferentes tipos de cirurgia, como a de Miles, que retira tanto o reto quanto o canal anal em casos de tumores próximos ao ânus, reduzindo os riscos de recidiva da doença”, explicou.

Preta Gil também refletiu sobre a relevância de manter o acompanhamento médico regular, o que possibilitou a detecção precoce da recidiva do tumor. “Embora tenham encontrado quatro focos, seis meses antes os médicos diziam que nem parecia que eu tinha tido câncer. Imagine como seria minha vida se não tivesse podido fazer os acompanhamentos médicos regulares? Tive sorte”, desabafou.Entenda o que é a cirurgia de amputação do reto feita pela cantora Preta Gil