Festival Lollapalooza: onde estão os ingressos?
Desde a madrugada desta tera, brasileiros pr-cadastrados no site enfrentam longa espera para comprar entradas; hacker divulga suposta de lista de CPF dos compradores
Diego Iraheta_247 – A chegada de um dos maiores festivais de música mundial ao Brasil provocou a já clássica corrida on-line pelos ingressos e congestionamento de interessados. A pré-venda de passaportes do Lollapalooza, iniciada a 0h desta terça-feira, gerou uma fila de espera virtual e virou teste de resistência para os roqueiros do País. O Brasil 247 tentou comprar as entradas, mas desistiu da aquisição após três horas de tentivas sem sucesso. Os organizadores do Lolla atribuem a dificuldade ao alto número de acessos e à lentidão dos servidores.
O problema é que, nesta etapa, só as pessoas que haviam se cadastrado no site do festival podiam comprar. O pepino pode ser ainda maior no dia 5 de dezembro, quando começam as vendas de ingressos para o público geral.
Empecilho #1: Validação das senhas
Os fãs de rock se inscreveram no site do Lolla para participar da pré-venda. Receberam uma senha que deveria ser validada a partir da 0h de terça-feira. No entanto, cada vez que clicavam no botão “validar”, eram levados para a mesma página de validação. A opção era validar ou validar. Várias vezes.
“Olha Lolla, eu não sou bandido, não precisa validar minha senha tantas vezes. Sou honesta”, tuitou Lara Mendonça. “Senha validada com sucesso. Para sua irritação, repita o processo infinitamente. Gratos, #Lollapalooza”, ironizou André Gomes.
Empecilho #2: Fila de espera
Depois de sucessivas validações, o cliente finalmente era levado para a página de cadastro. Na hora de comprar o passaporte, a mensagem do site informava a existência de uma fila de espera. O internauta recebia um número e era convidado a “aguardar e curtir”, como sugeria a página.
“´Você é o número 3679 na fila de espera. Aguarde e curta´. Curta o q? Uma noite mal dormida”, criticou Fernando Baldan.
Empecilho #3: Taxa de conveniência
Enfim, era hora de escolher o passaporte. Os valores anunciados pela organização do Lolla, ontem em coletiva, não incluíam a “taxa de conveniência”. Uma conveniente taxa de R$ 100. A meia sobe de R$ 250 para R$ 300, e a inteira de R$ 500 para R$ 600. Sem contar a taxa de entrega de R$ 34 para quem quiser receber a entrada em casa. Ou R$ 5 para quem retirar o ingresso na bilheteria.
Só que a tela com valores, para efetuar a compra, apresentava os dados incorretos (foto acima). E, por isso, era impossível finalizar o pedido.
Empecilho #4: Site fora do ar
Após validações, espera e até escolha do passaporte com dados errados, o usuário se deparava com “página não encontrada”. Relatos de tuiteiros apontam que, no fim da madrugada, o site estabilizou. Mas os problemas não pararam por aí.
Empecilho #5: CPF divulgado
Não bastasse o périplo dos roqueiros, a madrugada acabou com receio para boa parte deles, depois que um tuiteiro que se autoproclama hacker divulgou uma lista com nome e CPF de possíveis compradores do Lollapalooza. Vinícius K-Max tuitou: “em 30 segundos: dados de clientes expostos pro mundo”. O link para a tal lista já foi retirado do ar.
Corra, Lolla, Corra
Claro que é recorrente em grandes festivais a dificuldade de comprar ingressos. Mas qual é a resposta ao público ávido por um passaporte? Na fan page do Lollapalooza no Facebook, os usuários postavam reclamações na manhã desta terça. “Assim, se eu fosse o coordenador do evento, suspendia a pré-venda para estabilizar o serviço e continuar depois”, propôs Patrick Silva.
Pelo Twitter, a organização do Lollapalooza comentou, no início da madrugada, que estava trabalhando para normalizar os acessos. O Brasil 247 aguarda nota oficial dos responsáveis pelo festival.
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