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    Regina Duarte surpreende ao elogiar filme sobre vítima da ditadura militar, ‘Ainda Estou Aqui’

    Atriz bolsonarista exalta ‘Ainda Estou Aqui’, de Walter Salles, obra que aborda tortura durante o regime militar, período defendido pela atriz

    Regina Duarte (Foto: Reprodução/Twitter/@noivademocracia)
    Camila França avatar
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    247 - A atriz Regina Duarte, ex-secretária de Cultura do governo Jair Bolsonaro (PL), causou surpresa nas redes sociais ao elogiar o filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, durante sua participação no podcast Se Lig. A declaração chamou atenção pelo histórico de declarações polêmicas da atriz em defesa do regime militar no Brasil, incluindo uma entrevista controversa à CNN em 2020.

    O filme narra a história da família do engenheiro e ex-deputado Rubens Paiva, morto sob tortura durante a ditadura militar. Apesar do tema delicado e historicamente condenado por setores da direita política, Regina foi só elogios. “A Fernandinha Torres, meu Deus. Me deu vontade de fazer cinema. Que coisa maravilhosa. Que direção. Que texto”, afirmou a atriz.

    Assumidamente bolsonarista, Regina Duarte destoou de parte dos apoiadores de Bolsonaro, que chegaram a anunciar um boicote ao filme. Nas redes sociais, o comentário da atriz repercutiu amplamente, especialmente pela contradição com seu passado recente. Durante a gestão Bolsonaro, ela foi uma das figuras públicas mais vocalmente associadas à defesa da ditadura.

    Declarações polêmicas no passado

    Em maio de 2020, quando ainda ocupava o cargo de secretária de Cultura, Regina Duarte concedeu uma entrevista à CNN que repercutiu negativamente. Na ocasião, ela minimizou os crimes cometidos durante a ditadura militar e chegou a cantar a marchinha Pra Frente Brasil, símbolo do regime.

    “Não era gostoso cantar isso?”, questionou, ao relembrar a música. Em outro momento, ao ser confrontada sobre as mortes causadas pelo regime militar, deu risada e declarou: “Foi um período muito difícil, né? Tem muita história, muita gente morreu na ditadura, essa é a questão. Na humanidade, não para de morrer. Se você fala 'vida', do lado tem morte”.

    Ela ainda mencionou figuras históricas como Hitler e Stalin para relativizar as mortes ocorridas no Brasil durante a ditadura. “Sempre houve tortura. Stalin, Hitler, quantas mortes... Não quero arrastar um cemitério de mortes nas minhas costas”, declarou na época.

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