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    Sem mencionar diretamente Claudia Leitte, Margareth Menezes e Daniela Mercury pedem respeito às religiões afro

    As declarações ocorreram em meio à recente polêmica envolvendo a cantora Cláudia Leitte

    (Foto: Carol Caminha/Divulgação)

    247 - Durante uma apresentação realizada na noite da última quarta-feira (1º/1), em Salvador, a cantora Daniela Mercury e a ministra da Cultura, Margareth Menezes, fizeram discursos contundentes sobre a importância do respeito às religiões de matriz africana. As declarações ocorreram em meio à recente polêmica envolvendo a cantora Cláudia Leitte, que alterou a letra da música Caranguejo (Cata Caranguejo), substituindo a menção a Iemanjá por uma referência a Jesus, gerando críticas e uma ação do Ministério Público da Bahia (MPBA). As informações são do portal Metrópoles.

    Em seu discurso, Daniela Mercury exaltou a relevância cultural e histórica das religiões de matriz africana, destacando sua influência na formação da identidade brasileira. “O axé é a força que emana de tudo o que é vivo, de cada um de nós. Que a gente aprenda a se amar, porque se o Candomblé sofre preconceito é porque o preto sempre sofreu preconceito, isso é uma consequência do racismo. Que a gente afirme toda a importância das religiões de matriz africana porque sempre foram perseguidas e nossa cultura nasceu delas. Eu não seria quem sou, sem os terreiros de candomblé, sem o povo que mantém sua cultura através da sua religião”, afirmou a cantora.

    Margareth Menezes reforçou a necessidade de combater o preconceito e de valorizar as origens culturais afro-brasileiras. “Já houve tantas perseguições, desde o tempo da escravidão. Está na hora da gente pensar melhor e se comportar melhor em relação aos direitos dos povos afro-brasileiros, da sua religião, da sua maneira de fazer, de se vestir, de comer. A gente tem que saber como começa essa história. É muito digno que a gente respeite as religiões de matriz africana”, disse a ministra.

    A recente polêmica envolvendo Cláudia Leitte surgiu durante uma apresentação em que a cantora modificou a letra de Caranguejo, retirando a referência a Iemanjá e inserindo a frase “eu canto meu rei Yeshua”, em alusão a Jesus. A mudança provocou críticas de lideranças religiosas e culturais, que viram no ato um desrespeito às tradições de matriz africana.

    A Iyalorixá Jaciara Ribeiro e o Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras (Idafro) formalizaram uma denúncia ao MPBA. O caso será analisado pela Promotoria de Justiça de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa, que investigará possíveis atos de racismo religioso, violação de bens culturais e direitos das comunidades religiosas, sem descartar responsabilizações criminais.

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