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    (Vídeo) Pedro Cardoso defende Pimenta no embate com jornalista da CNN: "armadilha intelectual"

    O chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta, questionado sobre a fala do presidente Lula em relação ao ex-juiz Sergio Moro

    (Foto: Reprodução)

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    247 - O ator Pedro Cardoso defendeu o chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta, questionado sobre a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na última quinta-feira (23), quando o petista se referiu à operação da Polícia Federal que prendeu integrantes de um grupo criminoso como "armação de Moro".

    De acordo com o artista, o programa da CNN foi "uma armadilha intelectual, como a imensa maioria dos similares". "Sob o disfarce de uma lógica jornalística, o que se promove é publicidade ideológica unitária. E eu explico de que modo: simula-se o debate ao juntar pessoas de diferentes opiniões. Debate seria, pois. No entanto, nenhuma daquelas pessoas está ali para aprender com o outro; têm interesse algum no que o outro diz; o outro é a oposição já conhecida contra a qual cada um monologará a sua mensagem ideológica".

    Veja o recado de Pedro Cardoso na íntegra:

    Bom dia. Eu fui testemunha do fato narrado nesta matéria de O Globo. Eu estava lá. Concordo que seja indelicado, e mesmo agressivo, perguntar a um jornalista se ele é jornalista. Mas, vejam, o jornalismo profissional brasileiro está merecendo que a pergunta lhe seja feita.

    O programa para o qual fui atraído é uma armadilha intelectual, como a imensa maioria dos similares. Sob o disfarce de uma lógica jornalística, o que se promove é publicidade ideológica unitária. E eu explico de que modo: simula-se o debate ao juntar pessoas de diferentes opiniões. Debate seria, pois. No entanto, nenhuma daquelas pessoas está ali para aprender com o outro; têm interesse algum no que o outro diz; o outro é a oposição já conhecida contra a qual cada um monologará a sua mensagem ideológica.

    Como eu disse: dois monólogos não produzem um diálogo. Quando eu apontei o momento em que Jair Cadeia praticou tortura contra Dilma (em voto favorável a abertura de processo de afastamento dela) ao elogiar o torturador dela em frente a ela (e eu o disse por ter sido dito pela jornalista que Jair não era um torturador mas apenas um simpatizante da tortura) a resposta dos meus anfitriões foi o silêncio; silêncio desrespeitoso para com a verdade. Péssimo jornalismo, ou mesmo falso jornalismo.

    Noticiar apenas a pergunta agressiva do petista trai novamente a verdade. Não estávamos em um programa jornalístico nem de longe honesto para que a indagação possa ser de todo indelicada. A pergunta é pertinente. Aqueles profissionais são publicitários da ideologia do patrão deles.

    Quando vejo jornalistas indignados com a indelicadeza do ministro, preferiria vê-los falando sobre as pressões ideológicas que sofrem de seus empregadores. Mas jornalistas não gostam de falar de seus patrões. O desemprego chega rápido para quem fala. Não defendo o ministro (nem o conheço), mas LAMENTÁVEL é a associação do jornalismo profissional brasileiro ao projeto fascista dos ricos tropicais; projeto do qual Luís Inácio – com todos os erros que cometa – é nossa atual melhor OPOSIÇÃO.

    Debate haverá quando os participantes saírem modificados pelo que ouviram dos outros. Mais do que falar, a democracia é ouvir. Minha opinião.

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