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    Aepet diz que substituição de Prates por Chambriard é troca de “seis por meia dúzia”

    Presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras, Felipe Coutinho cita o histórico de Chambriard de apoio aos leilões do petróleo

    Petrobras e Felipe Coutinho (Foto: Agência Brasil)

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    247 - A Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet) emitiu, nesta quarta-feira (15), uma nota crítica a tanto o ex-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, quato a Magda Chambriard, que assumirá o cargo após a decisão do presidente Lula de demitir o primeiro. 

    Da sua parte, diz a Aepet, "Prates foi entusiasta da quebra do monopólio estatal do petróleo exercido pela Petrobrás, no governo FHC, em 1997. Defendeu a privatização da Petrobrás, participou da elaboração da Lei do Petróleo (Lei No 9478/97) e foi redator do Contrato de Concessão. Desde 1991, atuou como empresário e consultor das petrolíferas que pretendiam explorar o petróleo e o mercado brasileiros, através da Expetro Consultoria". 

    "Enquanto Chambriard promoveu quatro leilões de petróleo, entre os quais o 1º leilão do pré-sal, da área de Libra. Defendeu a maior participação de petrolíferas estrangeiras na exploração do petróleo brasileiro. Elogiou a facilitação do governo Temer para a privatização do campo de Carcará pela Petrobrás, em favor da estatal norueguesa Statoil (atual Equinor). Foi contrária a interferência do governo para alteração da política de preços da Petrobrás, em especial com relação ao Preço Paritário de Importação (PPI) do diesel", segue o documento, cuja íntegra está anexada abaixo: 

    A Petrobrás e a imprensa informam a demissão de Prates e a indicação da Magda Chambriard para a presidência da petrolífera estatal.

    A Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET) avaliou o histórico dos dois, em dezembro de 2022, enquanto eram considerados candidatos para assumir a presidência da Petrobrás no início do terceiro governo Lula.

    Leia na íntegra Jean Paul Prates Revelado e Magda Chambriard Revelada.

    Encontramos muito em comum, Prates foi entusiasta da quebra do monopólio estatal do petróleo exercido pela Petrobrás, no governo FHC, em 1997. Defendeu a privatização da Petrobrás, participou da elaboração da Lei do Petróleo (Lei No 9478/97) e foi redator do Contrato de Concessão. Desde 1991, atuou como empresário e consultor das petrolíferas que pretendiam explorar o petróleo e o mercado brasileiros, através da Expetro Consultoria.

    Enquanto Chambriard promoveu quatro leilões de petróleo, entre os quais o 1º leilão do pré-sal, da área de Libra. Defendeu a maior participação de petrolíferas estrangeiras na exploração do petróleo brasileiro. Elogiou a facilitação do governo Temer para a privatização do campo de Carcará pela Petrobrás, em favor da estatal norueguesa Statoil (atual Equinor). Foi contrária a interferência do governo para alteração da política de preços da Petrobrás, em especial com relação ao Preço Paritário de Importação (PPI) do diesel.

    Prates não nos surpreendeu enquanto a direção da Petrobrás manteve investimentos baixos e dividendos insustentavelmente altos em 2023. Também não ao manter a política dos Preços Paritários de Importação (PPI), mudando apenas seu nome e a frequência dos reajustes.

    Prates deixa a Petrobrás fiel e coerente com seu passado, infelizmente para o Brasil e a estatal.

    Pelo histórico de Prates e Chambriard, a substituição do primeiro pela segunda nos parece trocar seis por meia dúzia. O tempo é o senhor da verdade e, mais uma vez, nos mostrará.

    Felipe Coutinho

    Presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET)

    Maio de 2024

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