Alckmin: acordo União Europeia-Mercosul pode impulsionar economia e reduzir inflação
O acordo valerá para 27 países europeus e quatro sul-americanos. Os mais de 30 países somam 718 milhões de habitantes e US$ 22 trilhões em PIBs
247 - Vice-presidente, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, disse nesta sexta-feira (6), em Brasília (DF), que o acordo entre Mercosul e União Europeia (UE) tem potencial de elevar o Produto Interno Bruto do Brasil e derrubar a inflação no país. De acordo com representantes dos dois blocos, as estimativas para o ano de 2044 são aumento de 0,34% (R$ 37 bilhões) no PIB e diminuição de de 0,56% no nível de preços ao consumidor. O acordo valerá para 27 países europeus e quatro sul-americanos. Juntos, os mais de 30 países somam 718 milhões de habitantes e economias com Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 22 trilhões. O objetivo é diminuir ou zerar as tarifas de importação e exportação entre os dois blocos.
"Hoje é um dia estratégico. Depois de anos, finalmente é anunciado um acordo do Mercosul com a União Europeia. É o maior acordo entre blocos. Quero destacar o grande significado disso. Num mundo polarizado, fragmentado, isso é a prova da boa política, do diálogo. Se não fosse o Lula presidente do Brasil esse acordo não teria ocorrido", disse Alckmin em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.
"A Bolívia, mais à frente, pode entrar [no acordo]. Estamos falando de 27 países da União Europeia, o que pode fazer o PIB do Brasil crescer mais, as exportações [crescerem], e derrubar a inflação. É uma agenda extremamente positiva. Depois de anos e anos de negociação, celebra-se esse acordo", complementou.
Em 2023 o PIB nacional cresceu 2,9% e totalizou R$ 10,9 trilhões em 2023. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o ano passado com alta acumulada de 4,62%, dentro do intervalo da meta da inflação determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que era de 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, entre 1,75% e 4,75%. Os dados estão no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado em janeiro de 2024 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo as previsões da União Europeia e do Mercosul, o acordo pode ter consequências como alta de 0,76% no investimento (R$ 13,6 bilhões); aumento de 0,42% nos salários reais; impacto de 2,46% (R$ 42,1 bilhões) sobre as importações totais; e impacto de 2,65% (R$ 52,1 bilhões) sobre as exportações totais.
A União Europeia é o segundo principal parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China, e as trocas comerciais somaram aproximadamente US$ 92 bilhões em 2023. A expectativa do Brasil é que a aproximação com a Europa reforce a diversificação das parcerias comerciais do país e também modernize o parque industrial nacional.
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